Servidores municipais representados na Câmara

por Assessoria de Comunicação publicado 14/03/2018 11h55, última modificação 14/03/2018 11h55

O Sindicato dos Funcionários da Prefeitura Municipal de Viçosa (SINFUP) voltou à Câmara para falar sobre a jornada de trabalho dos servidores públicos do Município, que passou de 30 para 40 horas semanais no início de 2017. O advogado do sindicato, Eder Benevides, usou a Tribuna Livre durante a reunião Ordinária da terça-feira (13) para pedir efetividade no diálogo entre a associação e o poder público viçosense nessa e em outras questões, como a recomposição salarial dos servidores.

Para Benevides, o aumento na carga horária foi feita de forma impositiva e desrespeitando as particularidades do funcionamento de cada Secretaria. “Tal alteração causou enorme impacto na vida dos servidores, constatando-se em muitos o aparecimento de doenças psicológicas”, disse. Eder informou que o sindicato buscou diálogo com a Prefeitura, atendendo solicitações dos servidores no fim do ano passado, mas desde janeiro, quando voltou a solicitar resposta, não obteve retorno do Executivo.

O advogado também usou a Tribuna para falar sobre o reajuste salarial aprovado no fim de 2017, com a Lei nº 2.632. A lei estabeleceu que uma comissão, composta por representantes dos servidores e da administração municipal, deveria ter sido instalada na primeira semana de 2018 para discutir a recomposição salarial relativa ao ano de 2017, o que, segundo o SINFUP, não aconteceu. “Mais uma vez, o Executivo se furta de estabelecer diálogo com os servidores”, afirmou.

No decorrer da sessão, os vereadores manifestaram apoio ao Sindicato. A Vereadora Brenda Santunioni (PP) enfatizou a importância da valorização dos profissionais do Município: “uma empresa sem os funcionários empolgados e incentivados não acontece 100% do seu melhor”, disse. Ronildo Antônio Ferreira (DJ Ronny) (PSC), Antônio Elias Cardoso (Tuim) (PTB) e Paulo Sérgio da Silva (Toti) (PRTB) reforçaram o pedido de diálogo com o Executivo.

O Vereador Idelmino Ronivon da Silva (Professor Idelmino) (PCdoB) destacou que, quando da revisão dos vencimentos nesse ano, “caso o Executivo não garanta o reajuste de 5,3% (3,5% garantidos na Lei nº 2.632/2017 somados ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC acumulado, de 1,8%), o servidor sairá prejudicado novamente”. Professor Idelmino ressaltou que, durante a Audiência Pública de Prestação de Contas referentes ao último quadrimestre de 2017, realizada na segunda-feira (12), a Secretária de Finanças Eloisa Helena Duarte afirmou que o Município terá dificuldade em oferecer o reajuste de 3,5%: “esse valor se encontra em Lei. O Executivo tem que dar esse reajuste de acordo com a data base”, disse o vereador. A fala foi enfatizada pelo Presidente da Casa Legislativa, Vereador Carlitos Alves dos Santos (Meio Kilo) (PSDB), que reforçou o cumprimento da Lei nº 2.632, aprovada na Câmara em agosto de 2017.

 

Texto: Cleomar Marin

Revisão e foto: Mônica Bernardi