Câmara recebe Cidadãos para a Tribuna Livre

por Assessoria de Comunicação publicado 13/06/2018 11h43, última modificação 13/06/2018 11h43

Trabalho infantil, valorização da mulher, paralisação dos trabalhadores da rede estadual de educação e violência contra os idosos foram temas abordados na Tribuna Livre durante a reunião Ordinária da terça-feira (12). No decorrer da sessão, os vereadores manifestaram apoio a todas as causas.

Fabiana Lima, do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), usou a tribuna para mobilizar a população sobre o Dia Mundial contra o Trabalho Infantil, celebrado na terça-feira. A data foi instituída em 2002, pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e no Brasil em 2007, por intermédio da Lei nº 11.542. Fabiana esclareceu o que configura trabalho infantil, e alertou para mitos associados ao tema. “Atividades que fazem parte de uma rotina caseira, como ajudar nas tarefas domésticas e aprender a cuidar da plantação, por exemplo, não são trabalho infantil. São atividades de socialização e transmissão de conhecimento, de forma saudável”, disse.

De acordo com a OIT, considera-se trabalho infantil “o trabalho realizado por crianças e adolescentes abaixo da idade mínima de admissão ao emprego/trabalho estabelecida no País, que priva as crianças de sua infância, seu potencial e sua dignidade, e que é prejudicial ao seu desenvolvimento físico e mental”. Para a conselheira Fabiana, é necessário combater essa atividade ilegal todos os dias: “é nosso dever proteger os direitos das crianças e dos adolescentes pelo resto das nossas vidas”.

Raissa Rosa, Coordenadora do Projeto Pérolas Negras, participou da reunião para convidar os cidadãos para as atividades de comemoração aos cinco anos do projeto, que acontecerão até sábado (16). Desde segunda-feira (11), estão sendo realizadas aulas de campo, oficinas e cursos de formação em diversos espaços da cidade. “Estamos formando mulheres para entenderem que o lugar delas é onde elas quiserem”, afirmou. O Projeto Pérolas Negras foi criado em 2013 com o objetivo de “visibilizar a importância do empoderamento identitário como avanço na produtividade socioemocional e educacional de meninas e mulheres”. Mais informações sobre o evento de aniversário podem ser obtidas na página do projeto: fb.com/NegrasPerolas.

A paralisação das atividades da rede estadual de educação foi abordada pela representante do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG - Subsede Viçosa), Stella de Faria. Os servidores estão parados desde a segunda-feira (11) como forma de protesto contra o atraso no pagamento de seus salários. De acordo com o sindicato, o salário de abril foi pago no dia 18 de maio. “Os profissionais passam por uma situação vexatória de ter que pagar juros nas contas que vencem no começo do mês. É o amor que nos move na educação, mas o amor não paga as contas”, afirmou Stella. O sindicato reivindica o pagamento até o quinto dia útil do mês, e afirmou que as atividades nas escolas voltarão na quinta-feira (14) caso o governo estadual realize o pagamento da primeira parcela até esta quarta-feira (13): “em caso de descumprimento, continuaremos paralisados”.

O Presidente da Casa Legislativa, Vereador Carlitos Alves dos Santos (Meio Kilo) (PSDB), reforçou o apoio da Câmara aos servidores da educação. “Só ao Município, o Governo de Minas deve R$ 13 milhões, imagine para toda a educação estadual”, afirmou.

A última participação na tribuna foi do Orientador Social do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS/Sul), Rodrigo Lopes, que falou sobre a campanha de combate à violência contra os idosos. A sexta-feira, 15 de junho, marca o Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa, data instituída em 2006, pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Rede Internacional de Prevenção à Violência à Pessoa Idosa (INPES). Por isso, a Secretaria de Assistência Social realizará no salão nobre da Prefeitura Municipal, às 15h, a palestra “CREAS: Atendimento de Pessoas Idosas vítimas de violência”. Segundo Rodrigo, os maiores índices de violência contra a pessoa idosa em Viçosa estão relacionados à negligência e à violência patrimonial. “É muito importante que as pessoas conheçam como funciona esse atendimento, que a sociedade saiba como lidar com essa violência e como cobrar as medidas possíveis”, disse.

 

Texto: Cleomar Marin

Revisão e fotos: Mônica Bernardi