Minha Casa, Minha Vida: Vereadores levam à autoridades reivindicações de moradores
Na noite da quinta-feira (15), alguns moradores do Conjunto Habitacional Benjamim José Cardoso, do programa do Governo Federal "Minha Casa, Minha Vida", estiveram na Câmara Municipal reunidos com o Vice-Presidente da Casa, Vereador Luís Eduardo Figueiredo Salgado (PDT), o Secretário da Mesa Diretora, Vereador Antonio Elias Cardoso (PR) e o Defensor Público, Glauco Rodrigues de Paula.
Os moradores falaram de problemas do Conjunto que estão se agravando.
Visto a importância do assunto tratado, Luis Eduardo realizou uma vistoria ainda na tarde do dia 22, e logo depois aconteceu outra reunião.
Os vereadores chamaram as autoridades responsáveis para que pudessem apresentar as reivindicações dos moradores e tentar encontrar soluções para os vários problemas.
Por meio de fotos, o Vice-Presidente mostrou alguns problemas detectados na vistoria. O vereador verificou a existência de postes sem iluminação, danificação do calçamento em vários pontos, a caixa d’água e a captadora de água pluvial que não possuem cerca, entre as ruas Euter Paniago e José Chequer há um buraco de cerca de 3 metros de profundidade, algumas casas estão destelhadas, muros de contenção inacabados, dentre outras averiguações. Outras reivindicações dos moradores são com relação ao atendimento do Posto de Saúde da Família (PSF), para que pudessem ser atendidos mais próximo, ao transporte coletivo, solicitação de um telefone público e também para que o carteiro possa entregar as correspondências no Conjunto.
“A comunidade tem tudo para ser um local de excelência, mas é preciso que desde já, os problemas que surgem sejam resolvidos”, disse Luis Eduardo.
A Secretária de Saúde, Rita Gomide, disse ser de seu conhecimento os problema citados. Segundo Rita, a demanda por atendimento no PSF do bairro Santa Clara é grande por isso as pessoas tem sido "mandadas" à Policlínica. O número reduzido de nutricionistas nos PSFs também fazem com que o atendimento tenha que ser em um Posto mais distante do Conjunto. “Vamos ver a questão orçamentária, mas podem ter certeza que olharemos com todo carinho e tentaremos fazer o possível”, disse Rita.
O Secretário de Assistência Social, Lidson Lehner, afirmou que já era para o Conjunto ter o acompanhamento social de uma equipe técnica, e lá mesmo resolver os problemas, mas em breve os profissionais estarão atuando. À respeito do telefone público, a Empresa Oi, segundo ele, é quem teria que disponibilizar e esclareceu que o pedido já foi feito assim como o pedido de iluminação. “Estamos tentando solucionar todos os problemas, mas a legislação atrasa um pouco as nossas ações”, esclareceu Lidson.
O representante do SAAE, o Engenheiro José Luis Pereira, afirmou que foi enviada uma equipe antes das entregas das casas para averiguar a questão de água e esgoto, e a cerca inexistente foi pedida, mas o ofício não foi atendido. “Conseguimos identificar dois vazamentos na parte mais baixa. E tem coisas que são de responsabilidade da empreiteira no prazo de 5 anos. O vazamento é problema do SAAE, e será resolvido no espaço de tempo mais curto possível”, afirmou.
O Defensor Público, Glauco Rodrigues fez alguns questionamentos, tentando identificar os responsáveis. A Gerente Geral, da Caixa Econômica Federal, de Viçosa, Rita de Cássia Correa, disse que é preciso fazer uma avaliação com relação a canaleta feita para o escoamento de água, e verificar se o projeto contava com a fixação das telhas ou não. “O seguro para danos de valores inferiores a R$ 600,00 já estão previstos.”
O Diretor Administrativo da Viação União, Ismall Drumond Ferreira, explicou aos moradores que a empresa está aguardando uma licitação para o transporte escolar, e em breve o ônibus escolar fará somente escolar. “A demanda ainda é tímida, por isso idealizamos seis horários em cada sentido. A medida que a demanda aumentar, os horários também aumentarão”, prometeu. Completou afirmando que em cerca de 60 dias haverá a diferenciação de ônibus escolar e comum. “Estamos a disposição, transporte coletivo é fundamental”, finalizou.
O Secretário da Mesa, também representando a Comissão de Agronegócio e Meio Ambiente, contou todo o processo de construção do conjunto. Segundo Antonio Elias, o Conjunto foi construído em uma encosta, onde o volume de água é maior. “Houve desaterros, invasão da área de proteção ambiental (APP). Nós fiscalizamos e onde havia falhas na execução do projeto, pedimos que fosse refeito. Agora que os problemas estão aumentando, precisamos planejar e cobrar para que os responsáveis façam as correções. Tem que existir condições de moradia. Temos que resolver, estou junto com vocês”, disse.