Sind-Ute: Representante reivindica por piso salarial da categoria
“O motivo pelo qual eu brigo é a coragem de lutar ao lado da vontade de amar”, foi com essa citação de Paulo Freire que a representante do Sindicato Único dos Trabalhadores de Educação de Viçosa (Sind-Ute), Ana Lúcia da Silva, iniciou seu discurso na tribuna da Câmara de Viçosa, na reunião ordinária desta terça-feira (20).
A representante do Sind-Ute esclareceu para os pais dos alunos o motivo pelo qual a categoria voltou a fazer paralisações. “Paramos no dia 14 de março aderindo à greve nacional de três dias, deliberada pela nossa Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, porém em assembléia decidimos aderir somente um dia, porque ainda estamos em fase de negociação com o Executivo”.
Ana Lúcia destacou que mesmo com o aumento linear o salário básico não atingiu a proporcionalidade do piso salarial. “Não recebemos o aumento competente ao piso, e de nós é cobrado qualificação, vamos continuar lutando pela nossa valorização”.
Ela explicou que no dia 04 de abril haverá uma redução na carga horária nos três turnos. “Durante este dia estaremos negociando com a Comissão e o Executivo e esperamos que possamos obter sucesso nas negociações para que não ocorra mais paralisações, pois os mais prejudicados neste processo são os professores e alunos”.
“Quando falo em Piso Salarial estou me referindo à lei 11.738 de julho de 2008 e ao Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN) no valor de R$ 1.451,00 para Ensino Médio, que desde a sua aprovação, a categoria através do Sind-Ute tem lutado pela sua implementação em Viçosa”, ressaltou.
Para finalizar, Ana Lúcia fez uma solicitação aos vereadores. “Gostaria que se questionasse a administração municipal sobre o concurso público, que até então estava em fase final e existe um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado, além de que várias pessoas foram exoneradas e estão esperando uma definição para voltarem a trabalhar”.
O Vereador Marcos Nunes (PT) cumprimentou a representante do Sind-UTE e destacou que o piso salarial avançou com algumas negociações. “Espero que possamos sonhar com um dia que não exista discrepância de salários entre uma classe e outra. Temos um momento para vencer, garantir uma educação de qualidade”.
Marcos Arlindo (PV), também comentou acerca do pronunciamento. “Investir no professor é o melhor investimento, o Executivo está aberto ao diálogo e a negociação, vamos encontrar uma solução”, salientou.