Conselho Tutelar: Vereadores discutem situação atual
Na reunião ordinária desta terça-feira (17), os vereadores pronunciaram indignados com a situação do Conselho Tutelar do município.
A vereadora Cristina Fontes (PMDB) levantou a questão, relatando a situação em que se encontra a sede do Conselho. “A casa do Conselho Tutelar não tem uma estrutura mínima, com muitas goteiras, faltam materiais simples, como envelope, grampeador e o arquivo está caindo aos pedaços, é necessário que sejam dadas melhores condições de trabalho a um órgão tão importante”, salientou.
O vereador Marcos Nunes (PT) fez um caloroso pronunciamento, demonstrando indignação com a atual situação. “Quando vivemos em sociedade, existem regras. No artigo 27 da Constituição Federal é o único que contém a palavra absoluta prioridade, em que é dever da família, sociedade e Estado assegurar a criança e o adolescente, ou seja, a criança tem prioridade em ser atendida”.
E questionou: “será que estamos assegurando isso aqui em Viçosa?”
Ele ainda completou que na atual situação em que se encontra o trabalho das conselheiras tem sido dificultado. “As conselheiras trabalham em um atendimento de alta complexidade, difícil de lidar com o tipo de crianças que elas lidam, são abandonadas pela família e necessitam do amparo do conselho tutelar. Infelizmente a criança e o adolescente que o conselho atende, não tiveram e não tem seus direitos garantidos”.
Marcos Nunes também comentou um acontecimento. “Estive no Conselho Tutelar e tinha uma placa na porta dizendo que não estava em condições de funcionamento. Temos um grande desafio que são as políticas públicas voltadas para nossas crianças e adolescentes”.
O vereador Lindson Lehner (PR) ressaltou: “durante o período que estive a frente da Secretaria de Assistência Social recebi inúmeros pedidos que tinham sidos feitos anteriormente, mas como há pouca verba e não pode ser atendido. Além do problema de estrutura, há também a demanda de veículos, pelo fato do Conselho ter veículos antigos, requerem manutenção constantemente, pudemos destinar uma cadeira para o transporte de crianças, doados por organizadores de um evento”.
Lidson sugeriu para o Executivo que possa escolher uma estrutura melhor, onde dê para acontecer às conversas entre as famílias e a equipe do Conselho Tutelar para que resolva esses problemas.
O vereador Ângelo Chequer (PSDB) pontuou alguns fato da época em que dirigia a Secretaria de Assistência Social. “Os conselheiros me relataram a necessidade de mudança da casa, pois ela não estava atendendo a demanda e me trouxeram outra casa no bairro de Fátima, só que o contrato de locação da primeira placa estava em vigência, foi comunicado que quando o contrato vencesse, eles poderiam buscar”.
Ele também completou que entrará em contato com o Executivo para que providências sejam tomadas. “A gestão irá fazer algo para melhorar o trabalho de vocês, porque tem sido muito importante o trabalho de vocês com nossas crianças”.