Vice-Presidente convoca reunião para discutir a falta de medicamentos no município

por vca — publicado 12/04/2012 16h50, última modificação 11/03/2016 09h09
11/04/2012

Na quarta-feira (11), o Vice-Presidente da Casa, Luís Eduardo Salgado (PDT) realizou uma reunião com a Secretária Municipal de Saúde, Rita Maria Gomide, o Defensor Público, Álvaro Guimarães e moradores, para discutirem um problema que tem sido recorrente na cidade, a falta de medicamentos na Farmácia Básica do Sistema Único de Saúde (Farmácia da Policlínica).

O principal objetivo da reunião foi ouvir a população que está sendo diretamente prejudicada com a falta de abastecimento de medicamentos na farmácia, por parte do Estado e o apoio da defensoria pública para auxiliar a população nessas causas, para que medidas judiciais, se necessário, possam ser tomadas.

O Vice-Presidente que havia comentado sobre o assunto na reunião ordinária da terça-feira, 10, salientou a importância de que sejam tomadas medidas imediatas por parte do Estado para o abastecimento da farmácia, pois existem doenças em que o tratamento não pode ser interrompido e a falta de medicamentos tem sido prejudiciais para a saúde.

Durante a reunião, a moradora Maria Francisca, que sofre de esclerose múltipla fez uma denúncia de que a farmácia não tem atendido com medicamentos. O seu tratamento é a base de injeção e os remédios tem de ser administrados de modo regular, visto que não pode haver falhas no uso, tendo que ser tomados diariamente no mesmo horário.

A Secretária de Saúde, Rita Gomide apontou que existe uma falha na relação entre a farmácia do SUS de viçosa e a Gerência Regional de Saúde de Ponte Nove. “A intervenção da gerência na farmácia não é feita com clareza e os profissionais muitas vezes se sentem desrespeitados”.

Ela ainda comentou: “o problema é realmente sério, a Prefeitura licitou um milhão e setecentos mil reais em medicamentos, mas não será suficiente. Pois mesmo o município suprindo a falta de remédios, os medicamentos de alto custo e de tratamentos de alta complexidade que são responsabilidade do Estado não está solucionado”, salientou.

Luís Eduardo pontuou que falta ação por parte da Procuradoria Geral do Município em cobrar insistentemente alguma medida do Estado em viés judicial para que haja um respaldo com relação ao abastecimento de medicamentos.

Cartão do Sistema Único de Saúde

Outro assunto em pauta, na reunião, foi o cartão SUS, pois estava ocorrendo um desentendimento por parte da população com relação ao prazo de produção.

O Cartão Nacional de Saúde é um documento de identificação do usuário do Sistema Único de Saúde (SUS) válido em todo território nacional. O uso desse cartão facilita a marcação de consultas e exames e garante o acesso ao fornecimento gratuito de medicamentos. O cartão ainda permite que o histórico clínico dos pacientes seja consultado a partir de uma base de dados.

A Secretária esclareceu que o cartão SUS será feito por prazo indeterminado para atender a todos. “A principal finalidade do cartão é o monitoramento e controle da prestação de serviços do sistema na cidade e em todo o país. A ideia é que todas as informações do paciente estejam registradas no cartão SUS, por exemplo, se você for de um estado e ocorre uma necessidade de ser atendido em outra localidade, seu histórico de atendimentos na área da saúde constaram no cartão”.

Os interessados em fazer o Cartão do SUS devem comparecer na Secretaria de Saúde, portando cópias de um documento de identidade (só serão aceitas cópias de Carteira de Identidade, ou Carteira de Trabalho, ou Registro de Nascimento) e um comprovante de residência, que poderá ser o original, já que esse documento será devolvido.