Vereadores discutem o projeto de urbanização do Paraíso

por vca — publicado 27/06/2012 11h30, última modificação 11/03/2016 09h09
26/06/2012

            montagem

 

Na reunião desta terça-feira (26), um número representativo de moradores do Paraíso compareceu a Câmara para tratar do projeto 050/2012, que dispõe sobre a Zona Residencial ZR5 e dá outras providências, transformando a zona rural do bairro em área urbana no município.

No dia 2 de junho, foi realizada uma audiência pública na Casa, onde moradores e especialistas foram chamados para discutir a questão. O assunto ainda está em foco para a elaboração do projeto, mas é polêmico e divide opiniões.

Durante a reunião, os vereadores voltaram a falar sobre o tema. O Vereador Ângelo Chequer (PSDB) enfatizou a importância de maior discussão com a comunidade para saber a opinião dos moradores. “Precisamos usar o princípio da democracia. Meu voto aqui será de acordo com o desejo da comunidade”, afirmou.

Ângelo também lembrou da bacia do São Bartolomeu e a questão da água que tanto preocupa as gerações futuras. “Apesar disso, a região não pode crescer da forma que têm crescido, é necessário uma legislação. Devemos estudar e discutir para que possamos fazer um projeto maduro”, disse.

O Presidente da Casa, Vereador João Batista Teixeira (PR) manifestou sua preocupação com o cumprimento da legislação. “Temos que votar de acordo com a nossa cidade. Temos que assegurar que construções clandestinas e irregulares não ocorram, pois os riscos para o manancial são muitos”, advertiu.

Assim como Ângelo, João Batista enfatizou os problemas que já existem por conta da falta de água e o possível agravamento da situação caso nenhuma medida seja tomada para conter as construções. “A região é nobre, de fácil edificação, mas é a região de abastecimento da cidade. Não faremos essa votação sem conhecimento técnico. Vamos procurar pessoas capacitadas para errar o mínimo possível”, declarou.

O Vereador Marcos Nunes (PT), que sempre trás o assunto a Câmara, fez considerações importantes na reunião do dia 19, que acredita que deve haver no projeto.

Essas são: localizar e demarcar as nascentes, bem como os leitos maiores e considerá-los áreas de proteção ambiental; modelar sistemas de recarga artificial de aqüíferos, dimensionando os volumes necessários para cada metro quadrado de área construída; modelar os sistemas de tratamento dos esgotos domésticos, indicando modelos de fossas sépticas, quando habitações individuais, e pequenas estações de tratamento, se condomínios; e prever duplicação da MG-280.  

“Que esse projeto seja extensivamente debatido para que saia de acordo com ambas as partes”, anseia Marcos.

O Líder do Prefeito na Casa, Vereador Marcos Arlindo (PV), também se manifestou na discussão, afirmando que não gostaria de votar esse projeto, seu desejo era que alguém tivesse cuidado da questão no passado. “O projeto não irá atrapalhar o morador em nada. Estamos a favor do morador, da comunidade, de Viçosa e da nascente!”, finalizou.

O projeto iria entrar em votação na reunião, mas foi retirado de pauta para maiores esclarecimentos.