Câmara recebe manifestantes em protesto contra excesso de restrições do Executivo
Com o plenário cheio de manifestantes em protesto contra o excesso de restrições da prefeitura do município, o Presidente da Casa, Luis Eduardo Salgado (PDT) leu a carta de reivindicação a pedido dos mesmos na reunião ordinária desta terça-feira (11).
Segundo eles, o protesto tem como intenção expor a situação atual de Viçosa e a forma como as políticas administrativas locais têm afetado o funcionamento e o desenvolvimento econômico, bem como a predisposição e o acesso a serviços comerciais. Devido às medidas da atual administração para o fechamento após as 2 horas de estabelecimentos – bares, lanchonetes, restaurantes e banheiros públicos-, o que vem a impossibilitar o acesso da população a esses serviços básicos.
Na carta, eles alegam que “tal condição
restringe o desenvolvimento da economia local, que se vê limitada em decorrer
investimentos financeiros e na subsequente contratação de mão de obra, haja
visto que a demanda acaba se tornando defasada para tal”.
E afirmam que “a solução dos problemas não deve ser realizada através de
métodos paliativos e ineficazes - como fechamento dos estabelecimentos em uma
suposta resposta a diminuição da violência e transtorno público”.
Na reivindicação os
integrantes do protesto reclamam dos problemas que tem acontecido paralelo a
isso no município, como casos de estupros, assalto a mão armada em horários
diurnos, transtornos nos serviços de saúde, além da própria negligência à
população em linha de pobreza que se vê distante do desenvolvimento econômico e
social, e necessita de medidas que as impulsionem e condicionem a melhorias.
“A cidade de
Viçosa-MG precisa de iniciativas públicas que sejam condizentes ao
fortalecimento e ao desenvolvimento da sua economia; que devem ser condizentes
a geração de empregos, renda e impostos - sendo estes últimos a condicionante
para retroalimentação de incentivos e melhoria do município em saúde, educação,
segurança pública, além de contemplar questões econômicas, ambientais e
sociais.
O município necessita, indubitavelmente, de
medidas públicas concretas e veementes que combatam os problemas em suas
origens, através de ações que sejam efetivas e coerentes com as necessidades, e
reflitam em efeitos positivos no geral. Este é o cerne da discussão que o
protesto realizado na presente data deseja promover”, parte da carta na
íntegra.
O Presidente da Casa salientou que a reivindicação é algo de direito e que retrata uma série de problemas na cidade. “Não que façamos um momento de média com os estudantes e nem um populismo, mas entendemos que existe um vácuo, existem problemas que estamos tentando solucionar, quem sabe com a ajuda da Universidade Federal de Viçosa nós possamos dar um passo maior”.
O Vereador Sávio José (PT) comentou: “eu falo enquanto morador, cidadão, jovem e comerciante, com relação ao Corpo de Bombeiros não podemos fazer nada, tendo em vista que isso depende da aprovação do projeto, dos engenheiros contratados e de outros fatores. Com relação ao fechamento de trailers, essa Casa pode fazer alguma coisa, apesar de opiniões diversas, nós podemos debater este tema e tentar solucionar. Temos a responsabilidade de escutar, ouvir as partes e debater o problema que a meu ver prejudica e muito a economia local.”