Semana da Consciência Negra é lembrada na Câmara

por vca — publicado 20/11/2013 12h14, última modificação 11/03/2016 09h08
20/11/2013

No uso da tribuna livre na reunião ordinária da terça-feira (19), Luis Carlos Vitor veio fazer uma reflexão da Semana da Consciência Negra.

Em sua fala, ele destacou o dia 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, data escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares. “Essa semana é um reflexo da luta deste grande herói. Convidamos a todo afrodescendente e sociedade para uma reflexão contra todo tipo de preconceito e discriminação racial”, pontuou Luis.

Luis contextualizou a história do dia e ressaltou as lutas dos grupos de Viçosa. “Nesse dia levamos as reivindicações e os problemas que mais nos afligem. Nós, negros, lutamos para que o dia 20 seja feriado, para termos mais prazo para discutirmos essa data. Gostaríamos de uma sociedade mais justa e também a implementação da lei que prevê o ensino da cultura africana nas escolas. Esse é o nosso apelo. Um axé para todos”, finalizou.  

Os Vereadores fizeram reflexões acerca da Semana de Consciência Negra. O Vereador Sávio José (PT) trouxe alguns dados. “Segundo dados do IBGE deste ano, o povo negro recebe 51,6% a menos que um branco, o tempo de estudo de um negro é de 7 anos e meio, enquanto de um branco são 12 anos. As pessoas que fecham os olhos para esses números, ignoram o racismo, que infelizmente, no Brasil ainda é predominante. Precisamos de uma atenção para a saúde dos negros e negras, inserção no mercado de trabalho, o estudo da cultura africana nas escolas, o respeito as religiões. O dia 20, é um dia de luta, reflexão e de botar a cara para bater”.

E completou: “a grande riqueza do Brasil é a miscigenação. A construção cultural do país, nós devemos isso ao povo negro que aqui vive”, finalizou.  

O Vereador Geraldo Luís (Geraldão) (PTB) apresentou a música Lavagem Cerebral, do Gabriel Pensador como uma reflexão da consciência negra. “Temos que lutar, vários municípios coloca essa data como feriado e também queremos trazer isso para Viçosa. Essa música foi escrita há 20 anos, e as palavras proferidas ainda é a triste realidade do nosso país. Para revertemos o quadro, temos que quebrar os preconceitos da nossa sociedade”, ressaltou.