Dia mundial de Conscientização do Autismo é lembrado na tribuna livre

por vca — publicado 02/04/2014 10h03, última modificação 11/03/2016 09h08
02/04/2014

A Câmara recebeu na tribuna livre da reunião ordinária da terça-feira (01), Tereza Batalha, mãe de dois portadores do autismo e Adriana Cristina Braga, também mãe de um portador, que divulgaram o trabalho de apoio aos pais e portadores dessa disfunção e lembraram a população sobre o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, 02 de abril.

O autismo é um transtorno global do desenvolvimento, também chamado de transtorno do espectro autista, caracterizado pelas alterações significativas na comunicação, na interação social e no comportamento, que levam a dificuldades adaptativas e aparecem antes dos três anos de idade, podendo ser percebida, em alguns casos, já nos primeiros meses de vida.

Tereza pontuou que a disfunção impossibilita as pessoas de terem uma vida social ativa. “Viemos utilizar esse espaço para divulgarmos o trabalho que temos realizado. Criamos um grupo para fazer algum tipo de trabalho para os autistas, pois lidamos com poucos recursos e inclusão na cidade. O autismo compromete três áreas do desenvolvimento humano: a comunicação, a interação social e a imaginação. A síndrome não tem cura, mas é possível minimizar os impactos na qualidade de vida do autista com tratamento multidisciplinar, que envolve atendimento psicológico, pedagógico e fonoaudiológico, além de fisioterapia e acompanhamento familiar.”

Adriana explicou o funcionamento do grupo de apoio aos pais e portadores do autismo. “O nosso grupo tem como principal objetivo no primeiro momento em acolher os pais com crianças menores que foram diagnosticadas com autismo e não sabem como lidar. É um grupo de autoajuda, onde ouvimos e expomos nossa experiência. No entanto, precisamos ampliar esse atendimento, pois para os pais participarem das reuniões, necessitamos de um espaço para acolher também as crianças. Estamos tendo uma média de seis a dez pessoas todas as sextas-feiras, porém o cadastro é de 40 pais, então são 80 pessoas que precisam de amparo psicológico para dar continuidade ao tratamento do filho.”

Ela salientou que o grupo ainda não possui uma sede própria, funcionando em espaço cedido. As reuniões acontecem todas as sextas-feiras, às 19h30, na Rua Araponga, n° 166, bairro Santo Antônio.