Vereadores demonstram apoio às reivindicações dos servidores municipais

por vca — publicado 04/06/2014 12h51, última modificação 11/03/2016 09h08
04/06/2014

Na reunião ordinária da terça-feira (03), os Vereadores se manifestaram em prol da causa dos servidores do Município e com a intenção de garantir o reajuste salarial neste ano, aprovaram o projeto de lei de n° 015/2014.

O projeto dispõe sobre alterações nas tabelas salariais de servidores da Administração direta e indireta. Durante a votação, os servidores demonstram-se contrários a aprovação e ficaram de costas para o Plenário. A Vereadora Marilange Pinto Coelho (PV) novamente se absteve da votação.

Em correspondência encaminhada pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Viçosa (SINFUP) e lida na reunião ordinária, o sindicato apresentou as reivindicações e um relatório da assembleia realizada pela categoria com a pauta de indicativo de greve.

As reivindicações dos servidores são: “recomposição da inflação de 5,88%; 80% dos cargos comissionados que sejam ocupados por servidores efetivos; criação de Plano de Cargos e Salários para os servidores administrativos, correção e atualização das tabelas salariais das demais categorias; criação do vale transporte; e implantação do auxílio alimentação”.

Na carta consta que: “dependendo da postura do Executivo, poderá nos levar a deflagrarmos uma greve geral. Esperamos que o Senhor Prefeito não se furte a se apresentar para discutir as urgentes melhorias das condições de trabalho, e não delegue a assessores desinformados e/ou sem poder de decisão, as atribuições que são exclusivamente sua, não toleraremos mais omissões”.

Os Vereadores se manifestaram favoráveis à causa. O Presidente da Casa, Luis Eduardo Salgado (PDT) salientou a importância de arrecadação por parte do Executivo. “É necessário que chegue até essa Casa o pedido de empréstimo para que o Município faça todo o recadastramento dos imóveis que existem em Viçosa, pois se existisse o cadastro de todos os imóveis a arrecadação do IPTU seria maior. Temos ainda um enorme número de pessoas que prestam serviços, mas não declaram os serviços prestados e o município não tem o convênio com a receita federal para saber o valor arrecadado. Precisamos de ações de governo que busquem colocar recursos dentro dos cofres públicos. Somos favoráveis ao plano de carreiras, a ocupação dos servidores efetivos nos cargos de confiança, mas é necessário que a Prefeitura tenha controle fiscal e que consiga arrecadar, porque arrecadar é uma obrigação do Município. O dinheiro arrecadado é para o servidor, para o trabalhador”.  

O Vereador Geraldo Luis Andrade (Geraldão) fez coro ao seu colega. “Sou totalmente favorável à causa dos servidores, o serviço público começa e termina com os servidores, e esse seria o que deveríamos colocar mais recursos, recursos humanos é a chave de qualquer empresa de sucesso e temos que valorizar nossos recursos municipais, para que nosso Município seja de sucesso. As reivindicações são legítimas e válidas, mas são fruto de discussões que não irão se acabar em pouco tempo, como chegar a um plano de carreira se já estamos no vermelho”.

E completou: “Cadê a fiscalização? Em uma cidade que realiza eventos festivos de grande escala para fazer uma contagem do número de pessoas presentes no evento, para garantir que é compatível ao que a cidade arrecadou de tributos. Precisamos descruzar os braços para a questão da arrecadação municipal, há um déficit de atitude, é necessário mais ação. A minha sugestão ao movimento é que continue a pressão de forma madura e a pensar no cidadão que precisa do serviço dos servidores. Essa Câmara está aqui para corroborar com a situação”.

A Vice-Presidente da Casa, Marilange Pinto Coelho (PV) reforçou seu apoio a categoria. “Na assembleia do SINFUP, coloquei essa Casa aberta como canal de negociação com o Executivo. Não foi fácil na semana passada, vivenciar os servidores virando as costas na hora da votação, entendemos o motivo que os leva a agirem dessa forma, mas não adianta acreditar que iremos ganhar algo que não seja pela luta e pela união da categoria, todas as reivindicações são necessárias, mas se o plano de carreira já existisse, seria muito mais fácil lutar pelas causas ou nele já estaria incluso. Espero que seja para todos os servidores a maior luta e busca: o plano de carreira. Porque só ele será capaz de envolver as necessidades e a valorização dos servidores municipais.”