Vereadores falam sobre cassação do Prefeito
A decisão da Justiça Eleitoral de Viçosa que cassou, na segunda-feira (09), os mandatos do Prefeito Ângelo Chequer (PSDB) e do Vice-Prefeito Arnaldo Andrade (PSB) repercutiu na reunião Ordinária da Câmara Municipal da terça-feira (10). Os parlamentares falaram sobre o impacto da sentença no Município e sobre a tramitação do recurso no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG).
O Vereador Geraldo Luís Andrade (Geraldão) (PTB) se disse solidarizado com o prefeito e pediu uma “trégua” política até que o TRE-MG divulgue a decisão: “entendo a magnitude do mandato do Executivo. Fica aqui o pesar pelo possível clima que isso pode acarretar no desenvolvimento da cidade”. Idelmino Ronivon da Silva (Professor Idelmino) (PCdoB) destacou que este é o segundo prefeito cassado em seis anos na cidade, e falou das consequências da cassação, se houver, na instância superior. Caso o TRE-MG julgue o recurso desfavoravelmente ao prefeito e ao vice, a prefeitura será assumida pelo Presidente da Casa Legislativa, Vereador Carlitos Alves dos Santos (Meio Kilo) (PSDB), e seriam convocadas novas eleições. Para Idelmino, “todas as ações do Município se voltam para a Câmara Municipal nesse momento”.
O Vereador Carlitos, por sua vez, disse que o processo “não é bom para os cidadãos de Viçosa”, e que acredita na administração municipal e na justiça eleitoral. O 2º Secretário da Mesa Diretora, Vereador Antônio Elias Cardoso (Tuim) (PTB), também manifestou apoio à chapa cassada e disse que “o povo de Viçosa não é a favor dessa cassação”. Sávio José (PT) pontuou que o direito de defesa deve ser respeitado, mas isso não tira a gravidade do caso: “se o Ministério Público fez uma denúncia e a juíza acatou, a seriedade é muito grande”, disse.
O prefeito e o vice, até então cassados, continuam no exercício do cargo e só serão afastados, ficando inelegíveis por oito anos, caso o recurso não seja acatado em Belo Horizonte.
Texto: Cleomar Marin
Revisão: Mônica Bernardi