Professores da rede estadual protestam na Câmara
Professores da rede estadual participaram da reunião Ordinária da terça-feira (20) para pedir o apoio dos vereadores e cidadãos nas reivindicações que a categoria vem fazendo ao Governo de Minas. A Tribuna livre foi usada pela professora da E.E. Doutor Raimundo Alves Torres (ESEDRAT), Carolina de Carvalho, que falou sobre os problemas que levaram à deflagração de greve no começo do mês. O Vereador Sávio José (PT) enviou a Moção nº 005/2018, em apoio ao Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), que foi lida e aprovada em Plenário. As aulas nas escolas estaduais do Município estão parcial ou totalmente suspensas desde o dia 8 de março.
De acordo com a professora, a categoria pede o pagamento do piso salarial, fim do parcelamento dos salários e o pagamento em dia dos salários. “Desde 2017, estamos recebendo atrasado e parcelado. Neste mês, recebemos no dia 14, e em fevereiro, no dia 16”, disse. Carolina também informou que os professores pedem a volta do início do ano letivo para o começo do mês de fevereiro. Este ano, as aulas na rede estadual de ensino começaram no dia 19. Para os professores, isso contraria a opinião da comunidade escolar e visa apenas à economia na contratação de servidores. A servidora pediu que os vereadores pressionem deputados para cumprir os acordos do governo. “Estamos lutando pelos nossos direitos, pela dignidade de uma categoria fundamental para a sociedade, pelo respeito ao servidor estadual de educação e pelos alunos, que merecem uma escola bem equipada”.
“Manifestamos nosso apoio e solidariedade à luta dos valorosos profissionais da educação mineira e solicitamos a devida atenção por parte do senhor governador Fernando Pimentel”, escreve o Vereador Sávio na Moção nº 005. Na fala dos demais parlamentares, críticas ao governo estadual e compromissos de buscar apoio dos deputados. “O que é direito do trabalhador tem que ser prioridade, por mais que haja dificuldade financeira”, disse o Vereador Idelmino Ronivon da Silva (Professor Idelmino) (PCdoB), que também declarou que faz parte da base municipal do governo do Estado, mas não é hipócrita. “O nosso Executivo Estadual tem que priorizar o servidor. Nosso professor foi muito massacrado no passado, não podemos ver isso se repetir”, finalizou.
O Sind-UTE/MG tem nova assembleia marcada para a quinta-feira (22), para decidir os rumos da paralisação.
Texto: Cleomar Marin
Revisão e foto: Mônica Bernardi