Parlamentares celebram Dia Nacional da Consciência Negra
O Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado no dia 20 de novembro, foi destacado pelos parlamentares durante a reunião Ordinária da terça-feira (20). A data que faz referência ao dia da morte de Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo de Palmares, que abrigava escravos que conseguiam fugir dos castigos e maus tratos de seus senhores, foi oficializada através da Lei n° 12.519 de 2011.
“Somos 53% de negros e pardos no País segundo o último relatório do IBGE, mas temos proporções bem distorcidas em alguns locais, pois se pegarmos o sistema prisional são 64% de negros, a grande maioria de jovens até 24 anos, e se pegarmos o oposto, as Universidades Federais, somos apenas 12,5%. No mercado de trabalho um negro ganha aproximadamente 60% do que um branco, e a situação piora se for uma mulher negra. Temos sim que ocupar todos os espaços, inclusive esses em que somos minoria, e ressaltar que todos nós somos Zumbi, Dandara e Marielle”, afirmou o Vereador Sávio José (PT).
Já o Vereador Antônio Elias Cardoso (Tuim) (PTB), ressaltou as conquistas dos negros ao longo da história “eu como descendente de negros sempre procuro ressaltar que temos o melhor jogador de futebol da história, o melhor do basquete, um dos maiores líderes políticos, uma das melhores escritoras, então inferiores são aqueles que se acham melhores por terem a pele mais clara”.
A Vereadora Brenda Santunioni (Progressistas), Presidente da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania, Prevenção e Segurança Pública apresentou um vídeo com o samba enredo “Vai Vai, o Quilombo do Futuro” da Escola de Samba Vai-Vai, maior campeã do Estado de São Paulo, para o Carnaval de 2019 e reforçou o coro dos colegas parlamentares, “é inadmissível em pleno século 21 uma pessoa ser menosprezada pela cor de sua pele, principalmente quando seus antepassados foram responsáveis pela construção de nosso País, podem ter certeza que vamos continuar lutando contra todas as formas de preconceito”, disse.
"Com relação a consciência negra, costumo citar a morte, um fato que todos temos em comum, e quando ela chegar não haverá cor, raça, credo, opção afetiva, então devemos perceber que somos todos iguais", enfatizou o Vereador Geraldo Luís Andrade (Geraldão) (PTB).
Texto: Igor Gama
Revisão e foto: Mônica Bernardi