Exploração de crianças e adolescentes é discutida na Tribuna Livre

por Assessoria de Comunicação publicado 15/05/2019 10h50, última modificação 15/05/2019 10h55

O Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes foi debatido durante a reunião Ordinária da terça-feira (14), pela cidadã Maria Côrtes, Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA).

De acordo com o site do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, data a ser celebrada no próximo dia 18 de maio, foi instituída oficialmente no calendário do País no ano de 2000, por meio da aprovação da Lei 9.970/2000, em memória à menina Araceli Cabrera Sánchez Crespo, de 8 anos, que em 1973 foi estuprada e brutalmente assassinada em Vitória/ES. O crime bárbaro chocou todo o País e ficou conhecido como o “Caso Araceli”. A garota foi morta por jovens de classe média alta daquela cidade.

Maria Cortês explicou a diferença entre abuso e exploração sexual, pois o primeiro envolve contato sexual entre uma criança ou adolescente e um adulto ou pessoa mais velha, quando o adulto utiliza o corpo de uma criança ou adolescente para sua satisfação sexual, já a exploração sexual é quando se paga para ter sexo com a pessoa de idade inferior a 18 anos. As duas situações são crimes de violência sexual no Brasil.

Para a cidadã o assunto é muito delicado, pois apesar de sua representatividade, causa incômodo quando tratado, uma vez que grande parte dos adultos já sofreu algum tipo de violência quando mais jovens “não falo de um caso ou outro, porque infelizmente, as pessoas em especial os homens não respeitam crianças e adolescentes, que consequentemente não conseguem denunciar, gerando traumas para toda a vida”, disse. Maria ainda desmistificou a teoria de que para alguns os abusos envolvem apenas contatos físicos “o adulto que comete esse crime, planeja, para não deixar marcas, aumentando ainda mais a gravidade do dano psicológico a quem sofre tais situações” afirmou, deixando um apelo aos cidadão “todos nós como criaturas humanas devemos denunciar, discar 100 para os Direitos Humanos, ligar para o Conselho Tutelar, porque se não fizermos isso teremos adultos comprometidos psicologicamente, inclusive com a possibilidade de continuar esse crime”, concluiu.

O Vereador Sávio José (PT), Vice-Presidente da Casa Legislativa,  demonstrou apoio a Maria reforçando a necessidade de se discutir o assunto “quando ela diz que as pessoas não querem escutar, temos que falar cada vez mais, para conscientizar as pessoas que é um tema recorrente, um crime que precisa ser punido exemplarmente”, afirmou.

 

 

Texto: Igor Gama

Foto: Isabela Monteiro

Revisão: Mônica Bernardi