Vereadores manifestam-se contra as fatalidades Racistas

por Assessoria de Comunicação publicado 04/06/2020 09h10, última modificação 04/06/2020 10h04

Durante a reunião Ordinária, que ocorreu nesta terça-feira (02), a Vereadora Brenda Santunioni (Progressistas) e os vereadores Sávio José (PT) e Paulo Sérgio (Toti) (CIDADANIA) reforçaram o movimento anti-racista que está repercutindo por todo o planeta devido às atuais fatalidades que aconteceram nesses últimos dias nos Estados Unidos. Os parlamentares selaram seu completo apoio e repúdio às atrocidades racistas.

A Vereadora Brenda salientou sobre a grande onda de preconceito e falta de amor ao próximo que vem acontecendo nos Estados Unidos e mostrou-se a favor da causa, mas sem a necessidade de combater violência com violência, “nem para protestar, acredito que a melhor forma de mudar o mundo é com amor”, disse. Brenda ainda levantou a questão da desigualdade e estigmatização que ainda é muito cristalizada na população brasileira como um todo, “choca a gente ainda viver num País que a pauta da igualdade não é levantada pelos governantes. Me choca viver num País que as pessoas são discriminadas por vários aspectos ainda. A você que nos acompanha, estamos num ano que possivelmente haverá uma eleição e reflitam sobre o que vem acontecendo. Cobre da sua comunidade alguém que os represente”, finalizou.

Dando continuidade a causa, o Vereador Sávio trouxe o caso de George Floyd, o estopim dos movimentos anti-racistas, ex-segurança que morreu por asfixia após ter o pescoço prensado pelo joelho de um policial em Minneapolis, nos Estados Unidos. “George já estava imobilizado por algemas, qual a necessidade daquilo? Infelizmente não precisamos ir muito longe para ver monstruosidades como essa. Podemos falar da menina Ágatha Felix, assassinada dentro de uma van; João Pedro, assassinado dentro de casa com um tiro na barriga; do músico Evaldo Rosa, que teve seu carro perfurado por 80 tiros. Quem dá 80 tiros em um carro?”, indagou. Sávio ainda acrescentou a situação de Ademir Martins, cidadão que foi abordado de forma racista pela Polícia Militar em Viçosa. “Essas discussões têm que ganhar voz na sociedade. Não basta você ser contra. Temos que ser anti-racistas. Isso tem que ser a pauta da nossa vida!”, finalizou.

O Vereador Toti, durante a reunião, citou o caso da dançarina Bárbara Querino, negra que foi condenada no dia 10 de agosto do ano passado por roubo de carro. Acusada, apenas, por se encaixar no cabelo cacheado na descrição da vítima do roubo, Babi ficou presa injustamente por 1 ano e 8 meses, sendo absolvida no dia 14 de maio. “Fiquei muito triste de ver essa matéria e o que podemos confirmar é que o racismo ainda está presente na nossa sociedade. Pego as palavras da minha amiga (Brenda) e afirmo que infelizmente amanhã pode ser comigo uma situação como a de George ou a de Babi”, disse.


*texto do estagiário Thiago Fernandes sob a supervisão de Mônica Bernardi