COVID-19 e seus impactos são destaque na reunião da Câmara

por Assessoria de Comunicação publicado 01/07/2020 10h50, última modificação 01/07/2020 11h17

Indo para o quarto mês sob as restrições da quarentena, o foco de Viçosa quanto a pandemia está sob novos vieses. Como muitos vereadores já reforçaram nas últimas reuniões, a economia e as medidas de restrições precisam ser repensadas, para atender as novas necessidades que emergem nesse período de isolamento social. Dessa forma, durante a reunião Ordinária da terça-feira (30), foi-se reforçado pela Casa Legislativa a situação dos empresários parados, a cobrança das taxas, os leitos vigentes, a situação dos lazeres e a liberação de cestas básicas para as famílias necessitadas.

Dando início a pauta COVID-19, o Vereador Idelmino Ronivon (Professor Idelmino) (PCdoB) reforçou a dificuldade da comunicação do Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES-Viçosa) e da Prefeitura com os empresários, “estamos indo para o quarto mês de quarentena, no qual esse setor está com seus recursos financeiros travados, e nenhum acordo ainda foi feito para ajudá-los”, pontuou. O parlamentar ainda questionou sobre a falta de maleabilidade do Executivo Municipal a respeito da cobrança das taxas do IPTU, do ISSQN e da taxa de remoção de lixo, “o IPTU ainda chegou com um aumento de 3%. Poderia ser estudada alguma possibilidade de malear essas cobranças devido ao período tão longo que esses comércios estão sem a entrada de renda”, disse.

O Vereador Sávio José (PT) manifestou-se a respeito do aumento expressivo de casos na região. Em sua fala, ele fez uma reflexão sobre a capacidade dos leitos de Viçosa em atender aos moradores locais e das cidades vizinhas. “Não é porque não temos nenhum leito da UTI ocupado, que é um sinal que podemos avançar algumas casas e ficarmos seguros quanto a pandemia”. O parlamentar ainda explicou que os 17 leitos disponíveis de Viçosa não seriam suficientes para suprir a necessidade, caso houvesse um alarde da contaminação momentaneamente. “Em duas semanas, a chance deles serem ocupados por completo é altíssima e ai como ficará as outras pessoas que precisarão dos equipamentos respiratórios? Que bom que atualmente eles estão desocupados, mas isso não é motivo de nos sentirmos relaxados com a situação”, finalizou.

Adentrando na conscientização social, o Vereador Paulo Sérgio (TOTI) (CIDADANIA) fez um agradecimento a campanha da Prefeitura Municipal que incentivou a população que utiliza os espaços da Universidade Federal de Viçosa (UFV) como lazer a respeitarem mais as medidas sanitárias. “Gostei bastante da atitude. Eu via aquele local às vezes com as pessoas não respeitando as medidas de espaçamento e do uso de máscaras e com essa campanha, a presença desses casos pode diminuir”, disse. A Vereadora Brenda Santunioni (Progressistas) pediu ao COES que fosse avaliada a viabilidade da retomada das atividades dos centros religiosos para cuidarem das pessoas que estão em estado depressivo nesse período tão delicado. “Não quero que entendam como retorno das missas ou das palestras, mas que o COES conversasse com os líderes religiosos para ajudar a combater essa pauta que vem crescendo em nossas comunidades”, salientou.

O Vereador Ronildo Ferreira (DJ Ronny), informou à população a vinda de 2 mil cestas básicas para Viçosa, notícia trazida após reunião com o Prefeito Municipal. “Sou muito procurado por famílias que precisam desse aporte, pois sabemos que 600 reais ajuda, mas não resolve o problema e fico contente com essa liberação. Ajudaremos muitas famílias”, afirmou. O Vereador Geraldo Luís Andrade (Geraldão) (Avante) afirmou, sobre a fala de seu colega, que “infelizmente é uma demanda que tende a crescer cada vez mais”.

Pegando a linha de raciocínio, Geraldão criticou a falta de agilidade do Executivo em lidar com a situação dos comércios das zonas roxa e cinza, “outro nicho que vem a ser muito prejudicado nesses 102 dias de travamento de seus recursos são os empresários da zona cinza, como donos de campos e comércios que trabalham com interações sociais. Claro que nosso foco tem que ser a preservação de vidas, mas falta agilidade do COES em amparar essa parcela de empresários que estão indo para o quarto mês sem a entrada de um recurso”, explanou. Por fim, Geraldão fez um adendo a citação de seu colega Toti, “temos que partir para um programa que leve o esporte, a saúde e o lazer para nossos cidadãos, seguindo uma linha de contingência social. Temos nossas praças seladas, esses locais poderiam ser grandes aberturas para essa possibilidade”, finalizou.

A respeito da cobrança das taxas e das críticas relacionadas ao Executivo, o Vereador Arlindo Antônio (Montanha) (PSDB), representante do Prefeito na Casa, alegou que a Secretaria de Saúde, junto ao COES está tentando agilizar o processo de licitação desses estabelecimentos das zonas roxa e cinza e afirmou que o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) já promulgou a isenção de taxas de lixo aos mais vulneráveis. O Vereador Wallace Calderano (PSC) acrescentou a fala de seu colega Montanha que após a solicitação, assinada por todos os vereadores 15 dias atrás pedindo que o Executivo desse atenção aos empresários das academias, o COES analisou o plano de retomada das atividades das academias e houve uma possibilidade de retomar o funcionamento gradativamente, mas que devido ao aumento expressivo de casos, foi vedado temporariamente. Entretanto, o parlamentar acrescentou sobre o retorno das discussões, “mas trago uma notícia boa por fim, na quinta-feira (02) será realizada outra reunião com o corpo técnico e 6 representantes da educação física para ser discutida toda a situação novamente”, finalizou. O Vereador Antônio Elias Cardoso (PODE), Presidente da Casa Legislativa, afirmou que todas as ponderações de seus colegas são para manter o equilíbrio do momento tão delicado.

*texto do estagiário Thiago Fernandes sob supervisão de Mônica Bernardi