Vereadores voltam a discutir gastos públicos com obras e COVID-19
Durante a reunião Ordinária desta terça-feira (14), parlamentares contestaram gastos específicos do dinheiro público por parte do Executivo Municipal, no combate à COVID-19 em Viçosa e em obras não iniciadas ou inacabadas, o que vem se estendendo por anos.
Primeiramente, o Vereador Idelmino Ronivon (Professor Idelmino) (PCdoB) questionou os gastos com as obras da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da Barrinha, iniciadas em novembro de 2014. Segundo o parlamentar, parte da estrutura construída até 2016, em que foram gastos R$ 4,2 milhões, precisou ser demolida, considerando a justificativa da Prefeitura que há erro no projeto, o qual terá que ser refeito. Além deste prejuízo estrutural, Idelmino alerta que a retomada da obra está orçada no valor de R$ 18 milhões, contrastando com os R$ 16 milhões iniciais.
Outro ponto abordado pelo vereador foi o investimento da administração municipal no combate à COVID-19, com contratações para fiscalização das ações do Executivo durante a pandemia e nas barreiras sanitárias. Pedindo transparência desde junho deste ano, Idelmino questionou as relações contratuais entre as empresas Talia Aparecida de Carvalho Carlixto e a AGE Vigilância e Segurança Patrimonial Eireli com a Prefeitura, assim como requereu cópia dos contratos com as empresas, dos funcionários e de notas fiscais e empenhos dos valores pagos, por intermédio das Indicações de nºs 224, 225 e 226/2020.
Seguindo a linha expositiva de Idelmino, o Vereador Carlitos Alves (Meio Kilo) (PSDB) criticou os investimentos municipais em grades, faixas e nas barreiras sanitárias contra o novo coronavírus, afirmando que “tais medidas de controle e biossegurança vem sendo ineficazes, além de não estarem cumprindo seu papel educativo”. O parlamentar ainda citou relatos em que profissionais das barreiras estariam alcoolizados, reclamando também da facilidade com que se permite a passagem pelas ‘barreiras rurais’. Por fim, demonstrou a necessidade de instrução incisiva, comentando a ineficiência do rodízio por CPF, exemplificando com as notáveis filas formadas em instituições financeiras.
Atentando-se para o período eleitoral que se aproxima, o Vereador Edenilson Oliveira (PSD) pediu reflexão da população viçosense sobre as obras realizadas durante os cinco meses até as eleições municipais, principalmente. O vereador relembrou que as regiões periféricas do Município, diferente das centrais, não foram tão agraciadas com projetos infraestruturais e reparos relevantes para as comunidades no atual mandato. Sendo assim, alertou o eleitorado para obras realizadas com intenção de atrair votos, pedindo criticidade aos cidadãos.
Além destes, o Vereador Sérgio Aloíso (Sérgio Construtor) (PMN) também deixou sua opinião sobre os gastos excessivos do Executivo no combate à COVID-19, demonstrando aversão ao anti profissionalismo de alguns agentes das barreiras, citado por Meio Kilo. Por fim, abordando outros casos de morosidade em obras, listou a rotatória a ser refeita próxima ao Hospital São João Batista e os reparos nas ruas José Medina Floresta e Ernestina Batista, dos bairros Júlia Molar e João Mariano.
*texto do estagiário Marcelo Zinato sob supervisão de Mônica Bernardi