Diretor do Hospital São João Batista presta esclarecimentos sobre Pandemia
Com aprovação da Casa Legislativa, ocorreu a participação do Diretor Administrativo do Hospital São João Batista de Viçosa (HSJB), Sérgio Pinheiro, na reunião Ordinária da terça-feira (24), para prestar esclarecimentos sobre prestação de contas do Hospital relacionadas à COVID-19 e outras questões sobre a instituição vinculadas à pandemia. O HSJB realizou cerca de 200 internações pelo novo coronavírus desde o fim de março, sendo 150 pacientes em alas clínicas e aproximadamente 40 em Centros de Terapia Intensiva (CTIs).
Primeiramente, Sérgio citou a suspensão dos leitos de CTI, após o Departamento Regional de Saúde indicar que a habilitação de tais leitos venceria no dia 30 de setembro. “Tentamos uma negociação junto ao Conselho Técnico do Município, mas a suspensão teve de ocorrer (12 de outubro). Com mobilização municipal, que custearia os leitos, retornaríamos às atividades, mas o Conselho Técnico deliberou junto ao Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES-Viçosa) pelo contrário, orientando a utilização dos 5 leitos disponíveis no Hospital São Sebastião (HSS), habilitados por Resolução Federal”, afirmou.
Em novembro, o Estado assumiu o custeio dos CTIs, e a atividade em Viçosa retornou a partir de 3 de novembro. “Tivemos internações, e hoje o Centro encontra-se vazio. Mas temos pressão da região de Ponte Nova e Manhuaçu, cujos leitos estão saturados ou quase. E temos, por obrigação, que receber pacientes de fora. Leito é de quem precisa”, pontuou o diretor.
Em seguida, a Vereadora Brenda Santunioni (Patriota) questionou se o HSJB recebe a verba mesmo que os leitos não estejam ocupados, e se a equipe responsável fica disponível presencialmente todo o tempo. Além disso, o Vereador Edenilson Oliveira (PSD) indagou sobre a contabilização de pacientes de outros municípios como casos de Viçosa. Sérgio esclareceu que, “a partir do momento que possuímos o leito, eles já têm uma verba encaminhada, com ou sem internado”. Sobre os profissionais, está sendo trabalhada a questão do sobreaviso.
Por fim, o Vereador Geraldo Luís (Geraldão) (Avante) perguntou qual tem sido o comportamento financeiro das demais prefeituras da região, e se o recurso de aproximadamente R$ 8 milhões destinado ao combate ao vírus poderia ter sido usado para evitar a suspensão dos CTIs – valor este indicado pela Secretaria de Saúde como um superávit durante sua prestação de contas sobre gastos com a pandemia no 1º quadrimestre. Sérgio respondeu que “não recebemos um centavo de município vizinho. Quanto ao recurso municipal, poderia ter sido utilizado para a continuidade dos CTIs, mas foi evitado, pois em uma situação de agravamento, o recurso pode ser insuficiente para suprir nossas demandas em saúde”.
*texto do estagiário Marcelo Zinato sob orientação de Mônica Bernardi