Cortes Orçamentários na Educação e Políticas Públicas são temas da Tribuna Livre

por Assessoria de Comunicação publicado 03/03/2021 12h05, última modificação 04/03/2021 15h16

Abrindo a Tribuna Livre da reunião Ordinária da terça-feira (02/03), o cidadão Diego Carlos Ferreira, Coordenador Geral do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federa de Viçosa (UFV), Vice-Presidente da União Nacional dos Estudantes no Sudeste e estudante de História, falou sobre a questão dos cortes orçamentários do Governo Federal na educação pública. Ademais, o cidadão Carlos Francisco Valente, Pastor da Igreja Casa da Benção, usou a Tribuna para cobrar políticas públicas para as periferias. 

Diego Carlos iniciou sua fala fazendo uma panorama dos ataques que a Educação e a Ciência vem sofrendo desde 2015. “Em um passado recente, mais precisamente em 2019, o 'desgoverno' federal tentou bloquear 30% da verba da educação, fora a proposição de uma real privatização das nossas universidades públicas, por meio do 'Future-se'. Mas fomos resistência, pois o conceito de Universidade não combina com comandos autoritários e negacionistas”, enfatizou Diego. 

O estudante continuou demonstrando indignação e preocupação diante dos cortes orçamentários na Educação que, segundo ele, podem prejudicar até mesmo a economia de Viçosa. “Só na UFV, os cortes nas despesas de custeio são de 17,5%, representando cerca de 22 milhões de reais, além dos 18% de corte no Programa Nacional de Assistência Estudantil, o PNAES, que garante a permanência de muitos estudantes em Viçosa, que dependem dos auxílios estudantis”, lamentou o jovem. 

Diego Carlos encerrou sua fala solicitando à Casa Legislativa “que se posicione, coletiva e publicamente, através de uma moção de repúdio aos cortes no orçamento da Educação em defesa das universidades públicas”. Além disso, ele pediu que o povo viçosense e os legisladores em particular, ajudem a acionar deputados federais e senadores para que se posicionem contra os cortes no orçamento da educação. 

Já Carlos Valente, prosseguiu na Tribuna Livre explicando o que são políticas públicas e cobrando as mesmas para as periferias de Viçosa. “Dói em mim ver famílias inteiras passando necessidades, com falta de alimento, educação, saneamento básico, água e energia elétrica. Tantas coisas que são necessidades e direitos que estão sendo negados”, manifestou o Pastor. 

Carlos Valente continuou sua fala pedindo que o Poder Legislativo olhe para as minorias e observem que “o povo não precisa de muito. Eles não querem a cesta básica e não querem ganhar o alimento. Eles querem ter condições de conquistar o próprio alimento e querem ter condições de estudar os filhos”, enfatizou. Por fim, Carlos finalizou pedindo que os vereadores façam diferente e não deixem o povo desamparado. 

O Presidente da Câmara, Vereador Edenilson Oliveira (PSD), agradeceu pelas falas na Tribuna e reforçou a fala de Diego Carlos, dizendo que “o recado está dado e eu acho que é por aí mesmo, acho que nós temos que ver o interesse comum. Mexeu com a educação ou com a saúde, mexeu com o brilho de qualquer cidadão de bem”. O Vereador Gilberto Brandão (AVANTE) e a Vereadora Jamille Gomes (PT) também se solidarizaram com as falas e reforçaram a importância das mesmas. O Vereador Daniel Cabral (PCdoB) também se posicionou reforçando que "mais uma vez estamos diante de um Governo que está atacando os direitos básicos dos brasileiros" e lembrando da importância das políticas públicas. "Queria comunicar que protocolei nessa casa o interesse do projeto de hortas urbanas que trarão inúmeros benefícios para a população de Viçosa, principalmente em relação à segurança alimentar", informou o Vereador Daniel. 

Ainda sobre os cortes orçamentários na educação, os Vereadores Bartomélio Martins (Professor Bartô) (PT) e Jamille tiveram aprovado durante a reunião o Requerimento nº 012/2021 que solicita uma audiência pública para discussão do tema, prevista para acontecer no dia 31 de março, quarta-feira, às 18 horas no Plenário da Câmara.


* texto da estagiária Laura Fernandes sob a supervisão de Mônica Bernardi