Vereadores recebem esclarecimentos da Viação União
Por intermédio do Requerimento nº 020/2021, de autoria do Vereador Bartomélio Martins (Professor Bartô) (PT) e coautoria da Vereadora Jamille Gomes (PT), o Gerente da Viação União, Sérgio Luís Santana Cordeiro, esteve como convidado da reunião Ordinária da terça-feira (08) para trazer esclarecimentos quanto a situação financeira da empresa e a prestação de serviço ao Município. Ao longo da reunião, os parlamentares apresentaram seus questionamentos.
Em justificativa, o Vereador Bartomélio salientou que “nesse período de pandemia estamos passando por um processo muito delicado, principalmente na prestação de serviços. E com relação à empresa de transporte coletivo, temos diversas reclamações relacionadas à superlotação, ao descumprimento dos decretos municipais e também com relação ao atendimento reduzido que tem deixado algumas comunidades da zona rural desassistidas, bem como alguns bairros como Nova Viçosa, Bom Jesus e Silvestre”. Para complementar, a Vereadora Jamille comentou que “esse pedido para que a Empresa União viesse prestar esclarecimentos é porque a população tem nos procurado para fazer reclamações e trazer sugestões”.
Sérgio Cordeiro iniciou a apresentação traçando um panorama geral do transporte público no Brasil. “No Brasil o transporte público é custeado praticamente pela tarifa que os usuários pagam e na maioria dos lugares não existem outras compensações financeiras. Enquanto tinha passageiros, as empresas conseguiram manter seus compromissos, seus horários e as linhas. Tivemos também o fenômeno dos aplicativos que invadiram todas as cidades e também afetaram o transporte público”. O convidado ainda esclareceu que a arrecadação caiu 30% do que antes era arrecadado.
Dando continuidade, o gerente da União informou que o último reajuste tarifário da empresa foi em abril de 2019, quando a passagem passou de R$ 2,50 para R$ 2,75. “De lá para cá foram 2 anos e 2 meses e os custos eram mais baixos. O óleo diesel na época custava menos de R$ 3,00 o litro, hoje pagamos mais de R$ 4,00. Fora pneus, peças e diversos outros custos. O transporte público precisa ser olhado com carinho por todos os municípios para que ele não se deteriore ou acabe”. Sérgio ainda comparou as tarifas cobradas pela empresa no Município com as de outras cidades, mostrando que em Viçosa estão menores. “Esperamos que alguma medida seja tomada em auxílio ao transporte e a empresa de Viçosa, para que a gente possa primeiro se estabilizar e depois ampliar essas demandas solicitadas pelos senhores”, salientou.
Sérgio ainda comentou que, na gestão de 2020, por causa do lockdown a empresa ficou fechada e isso foi muito prejudicial. Além disso, ele disse como a Onda Roxa prejudicou a Viação União com a redução da capacidade de passageiros. “Para não fechar tivemos que nos adaptar e reduzir gastos, adequando o número de ônibus para a demanda". Por fim, o gerente ressaltou que “a empresa Viação União, que outrora tinha 170 funcionários, hoje tem apenas 85. Estamos fazendo de tudo para nos manter vivos, mas ressaltando essa dificuldade aí que é do Brasil inteiro. Esperamos que o município de Viçosa também atenda nossa demanda”. Com relação a definição dos horários e linhas de ônibus, Sérgio informou sobre a bilhetagem eletrônica e o monitoramento interno e externo.
No decorrer da reunião, os parlamentares apresentaram suas dúvidas, sugestões e questionaram sobre a atuação da Viação União em diferentes regiões do Município. O Vereador Bartomélio levantou sua preocupação com a possibilidade do transporte público rodar sem cobrador e a questão da segurança nesse sentido. A Vereadora Jamille deu ênfase à questão do transporte na zona rural, principalmente na Comunidade das Coelhas que tem sido recorrente as reclamações.
*texto da estagiária Laura Fernandes sob a supervisão de Mônica Bernardi