Audiência Pública discute sobre o retorno presencial da UFV
Na noite da quinta-feira (16), aconteceu a Audiência Pública, no Plenário da Casa Legislativa, que discutiu acerca do retorno das atividades presenciais de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e seus impactos. O Requerimento nº 042/2021, que solicitou a audiência, é de autoria do Vereador Daniel Cabral (PCdoB), que conduziu os trabalhos durante a sessão. Estiveram presentes também os parlamentares Bartomélio Martins (Professor Bartô) (PT), Cristiano Gonçalves (Moto Link) (Solidariedade), Jamille Gomes (PT), Marco Cardoso (Marcão Paraíso) (PSDB), Marcos Fialho (DEM), Marly Coelho (PSC) e Rogério Fontes (Tistu) (PSL).
Na Mesa Diretora, esteve presente o Reitor da UFV, Demetrius da Silva, a Secretária Municipal de Educação e representante do Poder Executivo, Marli Franco, o Secretário de Saúde, Antônio Maciel e o representante da Macrorregional de Ponte Nova, Marcos Schitinni.
Compondo a Mesa subjacente, o Diretor de Comunicação Institucional e representante do Diretório Central dos Estudantes da UFV (DCE), Lucas Zini, a representante da Associação dos Pós Graduandos da UFV (APG), Renata Pedrosa, o Presidente Sindical dos Docentes da UFV (ASPUV), Edilton Barcelos, a servidora da UFV e representante da Associação de Profissionais de Nível Superior da UFV, Maria Olímpia e por fim, o servidor da UFV e representante da Associação dos Servidores Administrativos da UFV (ASAV), Júlio César dos Reis.
Abrindo a discussão, o Vereador Daniel elogiou os serviços prestados pela UFV no combate a pandemia da covid-19 e apresentou dados que comprovam essa parceria. ‘’A universidade foi e está sendo essencial para o Município nesse processo que ainda estamos passando. Foram 751 atendimentos no hospital de campanha, 10.998 atendimentos feitos por meio do telessaúde, nove respiradores emprestados aos hospitais da cidade, 52.733 testes de coronavírus analisadas no laboratório da UFV, treinamento oferecido às equipes de saúde de Viçosa, além da contribuição em todo o processo de vacinação’’, disse. Por fim, o parlamentar falou sobre a importância da audiência. ‘’Precisamos fazer a integração entre a UFV e os poderes locais. É sabido os impactos que a universidade tem, estamos falando de 17 mil estudantes que vão entrar diretamente na cidade. Precisamos debater sobre estrutura hospitalar, no transporte público e fiscalização’’, pontuou o parlamentar.
O Reitor da instituição, Demetrius da Silva, falou sobre a responsabilidade que a universidade carrega nesse retorno presencial, que segundo ele ‘’não existem soluções prontas para um problema tão complexo, consequentemente nós vamos construindo as soluções moduladas para nossa realidade. A pressão que recebemos da própria cidade para o retorno presencial é muito grande, sabemos do impacto que é a não presença física dos estudantes na universidade para a economia do Município. Desde o primeiro momento nós estamos trabalhando no sentido de minimizar as perdas para toda a comunidade universitária’’.
Em sua fala, Marcos Schitinni, representante da Macrorregional de Ponte Nova, apresentou dados que mostram sobre o cenário epidemiológico e assistencial da região, como número de casos, distribuição de óbitos e surto, variantes e sobre a vacinação. ‘’Percebe-se que o cenário atual é favorável às aberturas, com muita consciência e análise comportamental por parte dos alunos que vão vir para Viçosa. Tem que ser trabalhado a consciência e o bom senso, já que nota-se uma perspectiva de abertura com cenário assistencial epidemiológico positivo’’, finalizou Marcos.
Representando o DCE UFV, Lucas Zini disse que ‘’é muito importante e extremamente necessário que sejam pensadas políticas públicas para conter os possíveis danos dos problemas que possam vir com o retorno presencial, isso tem que ser pautado na ciência’’. O Diretor de Comunicação Institucional da entidade apresentou um documento construtivo, intitulado ‘’Retorno Presencial, desafios, perspectivas e possibilidades’’, feito juntamente com especialistas e técnicos da área e com pessoas que já vivenciaram o retorno presencial em algumas instâncias para constituírem na discussão do assunto.
‘’Embora tenha sido apresentado que as condições são favoráveis, a incerteza continua. Não sabemos se os dados que estão sendo colocados no momento vão ter o suporte do Governo Federal para a manutenção desse resultado’’, disse o Presidente da ASPUV, Edilton Barcelos. Por fim, o representante pontuou que Viçosa não tem condições de atender, caso ocorra, um surto repentino de covid em um intervalo de tempo pequeno.
Os demais presentes da mesa, bem como vereadores e público presente, fizeram suas pontuações sobre o assunto que pode ser conferido na íntegra pelo canal do YouTube da Câmara.
O encontro teve como encaminhamento a criação de um Comitê de Infraestrutura, para discutir toda a logística da cidade para receber os alunos.
* texto da estagiária Melina Matos sob a supervisão de Mônica Bernardi