Situação da Rodoviária ganha destaque na fala dos Vereadores
Durante a reunião Ordinária da terça-feira (30), os vereadores Rogério Fontes (Tistu) (PSL), Edenilson Oliveira (PSD), Presidente da Casa, e Cristiano Gonçalves (Moto Link) (Solidariedade) comentaram sobre as denúncias que vem recebendo da população quanto à situação do Terminal Rodoviário de Viçosa. Na oportunidade, o Presidente Edenilson relembrou sobre a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Rodoviária instalada em novembro de 2013.
Dando início ao assunto, o Vereador Rogério explicou sobre a Indicação de sua autoria, de nº 693/2021, que solicita ao Executivo Municipal, esclarecimentos sobre o local, tais como: parecer oficial da Prefeitura quanto a atual situação do Terminal Rodoviário, confirmando se houve ou não a terceirização da administração do espaço; caso positivo, solicita o repasse do nome da empresa que estaria administrando o terminal; explicações a respeito dos recentes fatos que foram objeto de denúncia por parte dos cidadãos do Município, envolvendo o mau uso da localidade para fins incompatíveis com o objetivo de um ambiente público; e por fim solicita a prestação de contas do Terminal Rodoviário de Viçosa.
Adiante, o Presidente da Casa comentou sobre as denúncias que chegam sobre o mal uso do banheiro rodoviário. ‘’Uma empresa cobra uma taxa para usar o banheiro e mesmo assim está um ambiente absurdo’’, relatou Edenilson. O parlamentar sugeriu e ressaltou a importância dos vereadores acessarem os relatórios entregues pela CPI da Rodoviária, nomeada em 13 de novembro de 2013 destinada a investigar a forma como era realizada a administração do Terminal Rodoviário Joventino Alencar, a partir da data em que o Município reassumiu o seu controle. ‘’Nós temos que cobrar a administração atual, mas precisamos entender como chegou nessa situação e nesse contexto’’, finalizou o parlamentar.
À época, após a realização de oitivas, análise de documentos e de depoimentos colhidos, a CPI responsabilizou sete agentes municipais. Os relatórios apresentaram que: a demora em assumir o Terminal Rodoviário, em tese, configura improbidade administrativa, haja vista, o possível dano que este ato pode ter causado; não houve um controle satisfatório da gestão do Terminal pelo Executivo Municipal; a Secretaria de Governo não era competente para poder assumir a gestão do Terminal Rodoviário; a nomeação de um estagiário para gerir a coisa pública é temerária e gerou para o executor da medida responsabilização pelos danos causados; há indícios contábeis de que os valores arrecadados não foram contabilizados, podendo ter sido apropriados de maneira ilícita; há também indícios contábeis de que a assunção da gestão do Terminal Rodoviário gerou prejuízo para o erário público, vez que a Administração Pública tem pagado contas de água, luz e custos com pessoal sem qualquer contrapartida dos proprietários de comércios e sem autorização legal.
Por fim, Cristiano Gonçalves também comentou sobre as denúncias e disse que ‘’venho recebendo inúmeras reclamações em relação à situação da rodoviária. Na última semana, desembarquei no local e realmente está vergonhoso’’.
*texto da estagiária Melina Matos sob supervisão de Mônica Bernardi