Educação volta à pauta de discussão dos Vereadores
Na reunião Ordinária da terça-feira (24), a greve dos profissionais da educação municipal voltou a ser comentada no decorrer do Pequeno Expediente. O assunto retornou com a participação de Emerson Moraes, na Tribuna Livre, que usou a oportunidade para repudiar as ações do Prefeito Raimundo Nonato (PSD) ao longo da manifestação dos trabalhadores.
Dando início a sua fala Emerson abordou sobre a greve, direito assegurado pela Lei nº 7783/89 que não permite assédios e nem rescisões de contrato. Segundo ele, os manifestantes repudiam a postura do chefe do Executivo diante dos pais, professores e até crianças que na ocasião se manifestavam em frente ao prédio da Prefeitura, cobrando ações para o fim da greve, porém foram recebidos de forma ríspida, com gritos e xingamentos. “É inadmissível que uma autoridade da cidade, em um programa de rádio, tente justificar essa ação pela idade ou pelo cargo. Eu entendo que isso só aumenta a responsabilidade do Prefeito com a educação, com o respeito e com o alto controle, principalmente em uma situação delicada”, afirmou Emerson.
Finalizando sua participação na Tribuna, Emerson pediu que a Casa Legislativa aderisse às Moções nº 013/2022, que apoia a greve dos profissionais da Rede Municipal de Educação, e nº 014 que repudia as ações do Prefeito Raimundo e a sua postura agressiva diante de pais e mães de alunos da rede municipal. As Moções são de autoria dos parlamentares Bartomélio Martins (Professor Bartô) (PT) e Jamille Gomes (PT) e tem como justificativa a solidariedade aos profissionais da Educação, que estão sendo prejudicados diante da postura do Executivo, que não apresenta propostas concretas e deslegitima a reivindicação dos trabalhadores.
Ao longo da reunião, os vereadores comentaram sobre o tema, e se solidarizaram com o participante da Tribuna, e com os profissionais da educação que assistiram o encontro do plenário. O primeiro a comentar sobre o tema, foi o Presidente da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia, Professor Bartô, que afirmou “nós precisamos dar visibilidade e mostrar que não seremos omissos. A gente não pode aceitar e normalizar essa ação, principalmente vinda do chefe do Executivo, o cargo mais importante do Município e eu falo não somente como vereador mas falo também como pai de aluno da rede municipal”, disse o parlamentar.
O Presidente da Câmara, Vereador Edenilson Oliveira (PSD) também falou sobre o episódio, afirmando que tanto a postura do Prefeito Raimundo quanto a dos manifestantes estavam equivocadas, uma vez que o chefe do Executivo agiu por impulso e a manifestação por não acontecer de forma organizada, respeitando a agenda pública. “Nós estamos aqui para lutar por direitos, eu sempre falei isso, desde 2013, e falo hoje novamente nós temos que lutar pelos nossos direitos. Parabéns a todas as classes que lutam pelos seus direitos assim como eu luto pelo meu, a Casa Legislativa sempre estará apoiando vocês”, afirmou o presidente.
Por fim, todos os parlamentares se posicionaram em prol da educação, repudiando a atitude do Executivo, porém compreendendo e aceitando o seu pedido de desculpas. As Moções foram assinadas e já foram encaminhadas aos respectivos destinatários.
*texto da estagiária Thais Cal sob supervisão de Mônica Bernardi