Audiência Pública discute situação do Esporte no município
Na quinta-feira (30), no Plenário da Câmara, aconteceu a Audiência Pública para discutir sobre o Esporte no município de Viçosa, atendendo ao Requerimento nº 025/2022. A sessão foi presidida pelo Vereador Marco Cardoso (Marcão Paraíso) (PSDB), autor do requerimento, e contou com presença na Mesa Diretora (da esquerda para direita, na foto) do Secretário Municipal de Finanças, Luís Costa Lopes da Silva; do Secretário Municipal de Cultura, Patrimônio Histórico e Esportes, Thomas Phillipe de Medeiros Piders; do Professor João Carlos Bouzas Marins, Chefe da Divisão de Esportes e Lazer (DLZ) da Universidade Federal de Viçosa (UFV); e do Chefe do Departamento de Esportes, Adaílson Abranches Monteiro. Também participaram da audiência, os vereadores Rogério Fontes (Tistu) (sem partido) e Marcos Fialho (sem partido).
Na Mesa Central, estiveram presentes Thales Henrique de Souza, representante da Capoeira; Daniela Gomes Rosado, representante da sociedade civil; Kleber Gustavo Castro, coordenador do Setor Administrativo dos Complexos Esportivos de Viçosa; Paulo Alexandre de Souza, representante do Jiu-jitsu; José Maria Barbosa, da Liga Esportiva; Paulo Cesar Hilst, do grupo OCR e Trail Viçosa; e Lucas Henrique de Abreu Correia, educador físico representante do Clube de Corridas.
Segundo o Vereador Marcão, o objetivo da Audiência Pública era escutar todos os setores públicos do esporte e lazer de nossa cidade “ouvindo as pessoas envolvidas em atividades esportivas que estão fazendo um trabalho bacana e estão dispostas a ajudar”, salientou o parlamentar.
O Secretário Municipal de Cultura, Patrimônio Histórico e Esportes, Thomas (Buldogue), discorreu sobre a realidade que o Esporte se encontra atualmente em Viçosa, descrevendo o quadro como ele encontrou a pasta, com os desafios de se trabalhar os três eixos (cultura, patrimônio e esporte) de maneira conjunta, diante das inúmeras demandas existentes. Ele também agradeceu à Casa Legislativa por ter aprovado, na última reunião Ordinária, o projeto de lei que dispõe sobre a reformulação do Conselho Municipal de Esportes - CMES.
Seguindo o secretário, Adaílson Monteiro mencionou as iniciativas que estão sendo realizadas pelo Departamento de Esportes, órgão ligado à Secretaria Municipal de Cultura, Patrimônio Histórico e Esportes, e elencou uma lista ampla com as atividades de esporte e lazer que foram identificadas por intermédio do Cadastro Esportivo — ferramenta implementada no ano passado e que continua aberto, a fim de mapear os atores envolvidos com o esporte na cidade. Além desse diagnóstico, ele citou os fóruns e os projetos que estão recebendo apoio do departamento, como os Jogos Escolares, equipes de futebol amador, handebol, vôlei, as escolas municipais, entre outros programas.
Enquanto professor de Educação Física e morador há mais de 30 anos da cidade, o Professor João Carlos, chefe da DLZ da UFV, falou da importância dos cidadãos, de diversas idades, se manterem ativos por intermédio de atividades físicas e os benefícios para a saúde. Assim, chamou atenção para a efetividade das ações políticas, apontando possíveis caminhos para a gestão pública municipal e propondo uma visão de “continuidade a longo prazo, para que a cidade possa evoluir”.
Questionado pelo Vereador Marcão sobre a obra do Estádio de Viçosa, o Secretário Municipal de Finanças, Luís Costa, explicou os trâmites dos recursos e afirmou estar buscando alternativas para resolver esse impasse, que, segundo ele, envolve mais questões políticas do que fatores técnicos ou orçamentários.
Em seguida, foi possível escutar os convidados presentes na Mesa Central. Thales Henrique, representante dos capoeiristas, falou sobre a falta de fomento do poder público aos projetos, enfrentando dificuldade de local e condições de implementação, o que ele lamenta “tendo em vista a importância não só da Capoeira, mas também das outras modalidades, para o desenvolvimento social de nossas crianças”. Daniela Rosado, representante da sociedade civil, trouxe várias propostas para o Executivo e Legislativo e mencionou o fato de ser a única mulher na mesa “isso já demonstra que nós, mulheres, infelizmente, não ocupamos os espaços e cargos públicos com facilidade e, em nossa área, isso é muito notório. Então, para que haja um crescimento do esporte feminino é necessário que nós ocupemos esses lugares”, declarou ela.
Por fim, a palavra foi aberta para os cidadãos presentes na sessão, que teve ao todo quase três horas de duração, e também para a participação remota. A ampla participação da população chamou atenção para o potencial que o Município tem para iniciativas do esporte, mas não é aproveitado, e desejam que, para além de destinar verbas, os políticos assumam compromissos e articulações a respeito do tema, tendo em vista a necessidade de locais de recreação, estruturas esportivas e áreas de lazer.
*texto do estagiário Abraão Filipe Oliveira sob a supervisão de Mônica Bernardi