Protesto é pauta na Tribuna Livre

por Assessoria de Comunicação publicado 19/10/2022 14h55, última modificação 19/10/2022 16h44

Dando início a reunião Ordinária da terça-feira (18), José Maria Davi ocupou a Tribuna Livre para comentar acerca dos protestos estudantis que ocorreram na manhã da terça, na entrada da Universidade Federal de Viçosa (UFV), devido aos cortes de verbas da instituição.

Em sua fala, José Maria afirmou que os estudantes, há algum tempo, realizam protestos durante os horários de pico, prejudicando os cidadãos e o trânsito. E por isso, comentou a proposta feita a Casa Legislativa sobre a regulamentação dos protestos, para que eles não fossem realizados durante esses horários. “O País está dividido, e os ânimos estão exaltados. Qualquer protesto que prejudique o tráfego e o trânsito vai causar muita irritação, além de transtorno”, disse ele, enquanto comentou o atropelamento de uma estudante que ocorreu durante a manifestação. 

Reforçando a importância das autoridades municipais se posicionarem, José Maria fez analogia aos desabamentos de terra em Petrópolis e Teresópolis e comentou “todos os anos, por causa da omissão do Poder Público morrem pessoas soterradas, queira que aqui em Viçosa não tenhamos nada parecido”. Ao final, o participante da Tribuna mencionou que quanto mais o tempo passa, o problema se escalona. E por fim, pediu que o Diretório Central dos Estudantes (DCE) organize as próximas mobilizações em meio a eventos para que nada mais grave aconteça.

Logo após, o Vereador Bartomélio Martins (Professor Bartô) (PT), argumentou que acordar e ter o trânsito bloqueado gera sim um transtorno, mas que o transtorno maior vai ser quando a Universidade for fechada. “Devemos ter consciência da situação atual da UFV, até o reitor falou que está insustentável. Temos que nos conscientizar dos impactos que isso gera na cidade, ao invés de demonizar o ato. Precisamos ouvir os estudantes antes de sair julgando nas redes sociais”, disse o parlamentar. Bartô ainda mencionou que é filho de servente de obras, morador da periferia e que só conseguiu entrar na Universidade por intermédio de planos de governo e políticas públicas, que estão sendo cortadas e prejudicando outros moradores da cidade.

Em seguida, o Vereador Edenilson Oliveira (PSD), Presidente da Casa, corroborou com a fala do colega salientando o seu espanto com as imagens do atropelamento da estudante e reforçou que “devemos sim ter o diálogo, mas nada justifica a agressão verbal e física, uma vez que haviam outros acessos para a Universidade”.

Enquanto isso, a Vereadora Jamille Gomes (PT) afirmou estar cansada de rebater e argumentar sobre os atos realizados pelos estudantes e reforçou que manifestações são atos políticos, garantidos por lei, que não podem ser regulamentados. “A pauta deveria ser a violência sofrida pelos manifestantes, tanto no ato quanto nas redes sociais, não o trânsito que estava paralisado”, disse a vereadora. Jamille lembrou que, todos os direitos conquistados no País foram com luta e que "devemos permanecer lutando pelo direito de uma educação de qualidade gratuita, segurança alimentar e moradias estudantis". A Vereadora Jamille, ainda, salientou que o DCE organizou uma aula pública, para dialogar com a população e explicar o motivo da manifestação.

Finalizando a discussão o Vereador Sérgio Marota (PL), relembrou que a manifestação é sim constitucional mas que é válido apoiar a atitude de José Maria, de incentivar organização entre os dois lados garantindo o direito à  manifestação ordeira.

*texto da estagiária Thais Cal sob a supervisão de Mônica Bernardi