Saúde volta à pauta de discussão dos Vereadores
Novamente, a saúde no município de Viçosa foi pauta de discussão na fala dos parlamentares e tema de indicações aprovadas, durante a reunião Ordinária da terça-feira (20). Na sessão, os vereadores Sérgio Marota (PL), presidente da Comissão de Saúde e Assistência Social, Daniel Cabral (PCdoB) e Marco Cardoso (Marcão Paraíso) (PSDB) abordaram sobre a fila de pacientes que aguardam por consultas com especialistas, exames e cirurgias na rede pública do SUS (Sistema Único de Saúde). Além disso, o Vereador Rogério Fontes (Tistu) (sem partido) retomou a problemática dos hospitais no Município, enquanto a Vereadora Jamille Gomes (PT) discursou sobre a adesão municipal à Políticas Públicas de Saúde Integral para a comunidade LGBTQIAPN+.
‘’Nós vereadores estamos recebendo ligações e mensagens a todo momento com reclamações de que os hospitais não têm o atendimento que a população merece’’, comunicou o Vereador Rogério, no uso da Palavra Livre, dando início ao tema. Em continuação a sua fala, o parlamentar solicitou intervenção, apoio e resposta do Ministério Público (MP) às denúncias feitas a respeito do descaso nos hospitais, a fim de que seja tomada uma decisão efetiva em prol de melhorias para a saúde municipal.
Em contrapartida, o Vereador Sérgio fez um levantamento que compara o número de pessoas atendidas e o valor investido na saúde, nos anos de 2017 a 2022. De acordo com o parlamentar, ‘’os dados mostram 70% a mais de investimento na saúde referente ao ano de 2017 para o ano de 2022’’, disse, afirmando que o Município está cumprindo a Lei nº 2.745/2019, que obriga a divulgação de listagens de pacientes com residência fixa em Viçosa que aguardam por consultas com especialistas, exames e cirurgias na rede pública do SUS. Em continuação, o parlamentar destacou que o próximo passo é o gerenciamento da fila, visto que há, por exemplo, repetição de pacientes na lista ‘’teremos a real taxa de pacientes que ainda necessitam de atendimento médico e será feita uma dinâmica para melhorar o atendimento’’, disse, enfatizando, ainda, a importância dos colegas vereadores buscarem recursos e emendas a fim de diminuir a fila de pacientes em espera.
‘’Se o município de Viçosa está gastando hoje, mais do que gastou em toda a pandemia, e a saúde está ruim desse jeito, então eu diria que é mais uma comprovação da falta de gestão e gerenciamento da saúde municipal’’, afirmou o Vereador Daniel, vice-presidente da Casa Legislativa, afirmando que irá estudar e analisar os dados apresentados anteriormente.
Ainda sobre as filas de espera da saúde, o Vereador Marcão Paraíso salientou que esteve em diálogo com o Secretário Municipal de Saúde, Rainério Fontes, ‘’ele disse que fará um levantamento das 17 mil pessoas que se encontram na lista e que irá analisar a possibilidade de se realizar um mutirão com especialistas para atender a todos’’, comunicou o parlamentar.
Indicações
No que tange às indicações relacionadas à saúde, a Vereadora Jamille solicitou intervenção junto à Secretaria Municipal de Saúde, para que seja criado um Plano Municipal de Políticas Públicas de Saúde Integral para a comunidade LGBTQIAPN+, por intermédio da Indicação nº 566/2023. ‘’Falta o Município agregar essas políticas dentro da saúde de Viçosa’’, cobrou a parlamentar, durante sua fala na Palavra Livre.
Já em relação aos hospitais do Município, pela terceira semana consecutiva, o Vereador Marcão se pronunciou sobre o tema, se direcionando, desta vez, ao Hospital São João Batista (HSJB). Em sua fala, o parlamentar solicitou ao mesmo que ‘’pare de encaminhar pacientes ao Hospital São Sebastião (HSS)’’ e que cumpra, ‘’no mínimo, a sua obrigação de atender os pacientes que procuram o HSJB’’. Ainda no tema, vale destacar que, em semanas anteriores, o parlamentar fez duas Representações ao Ministério Público denunciando negligência administrativa e falta de pediatras no local.
Já na reunião da terça-feira (20), foi lida a Indicação nº 562/2023, de autoria do vereador, que solicita a disponibilização de todas as ouvidorias que foram realizadas no HSS e HSJB, e encaminhe, também, todas as denúncias recebidas pela Secretaria Municipal de Saúde referentes aos hospitais.
*texto da estagiária Ana Clara Marques sob supervisão de Mônica Bernardi