Vereadores voltam a fazer cobranças sobre a Marly Azevedo

por adm publicado 05/10/2023 13h55, última modificação 06/10/2023 08h23

Ainda durante a reunião Ordinária da terça-feira (03), a situação das obras paralisadas na Rua Marly Azevedo voltaram a ser tema de preocupação por parte dos parlamentares na Casa Legislativa. Além disso, no uso da Tribuna Livre, José Luiz Pereira representou a indignação dos moradores da rua em decorrência das obras que foram iniciadas no local em outubro de 2022, e ainda não foram concluídas. Em busca de respostas e soluções, os moradores da Marly Azevedo se fizeram presentes no plenário da Câmara de Viçosa durante a sessão. 

Abrindo sua fala, José disse que as obras foram paralisadas pois a empresa responsável pelos trabalhos não estava recebendo. “Agora está começando a época das chuvas, o trabalho já era para estar muito mais adiantado. Nós ficamos muito indignados com a incompetência, com o descaso que está sendo feito lá na nossa rua”, disse o morador. Segundo ele, “nem uma retroescavadeira consegue subir na rua”, afirmando que por morar no início da via, não é tão prejudicado como os moradores que residem mais acima. “Mora muita gente idosa, com comorbidade, o que está acontecendo lá é um absurdo”, finalizou José. 

Dando início ao uso da Palavra Livre, o Vereador Marco Cardoso (Marcão Paraíso) (PSDB), apresentou fotos que evidenciam a situação crítica em que a rua em questão se encontra. O parlamentar dirigiu a palavra aos moradores do local, que estavam presentes “a situação da Marly Azevedo, para vocês moradores aqui, é muito preocupante. Porque vocês vão ficar sem o direito de sair de casa por mais 08 meses ou 1 ano. Porque quando vier a chuva, a Prefeitura vai alegar que não pode fazer a obra e a empresa também”, disse. Por fim, Marcão ainda afirmou que no orçamento da obra só conta a rede pluvial “quem depois vai asfaltar aquela rua? É o Executivo. Não tem nada na planilha”, questionou o vereador.

Logo em seguida, a Vereadora Marly Coelho (PSC) iniciou sua fala dizendo que irá “continuar cobrando o prefeito (Raimundo Nonato, PSD) para que essa obra seja concluída. Além de buscar soluções imediatas antes que a chuva chegue de novo e a população daquela rua continue sendo penalizada, como há tanto tempo está acontecendo com a comunidade que ali reside”, reforçou. 

O Vereador Rogério Fontes (Tistu) (sem partido), alegou que a obra na Rua Marly Azevedo e outras obras emergenciais “estão sendo cobradas desde janeiro de 2021”. Sobre o local em específico, Tistu destacou que ‘’estão jogando dinheiro público fora. Vamos fazer um indicativo para saber quanto de dinheiro já foi gasto na Marly Azevedo e penalizar o bolso de quem está jogando o dinheiro fora. Estamos cobrando obras em Viçosa há muito tempo, mas o cronograma é péssimo’’, lamentou. 

Já o Vereador Bartomélio Martins (Professor Bartô) (PT), prestou solidariedade aos moradores “falo com propriedade, eu sei o que é morar em uma rua com difícil acessibilidade. Na minha comunidade, posso dizer que foi calçada recentemente”, disse. Ademais, Bartô ainda salientou que o Município precisa revisar o modelo de licitação para obras “não é possível que Viçosa tenha que ficar refém de empresas que vem captar nosso recurso e não dão uma contrapartida”, completou o parlamentar. 

Na sequência, o Presidente em exercício, Vereador Daniel Cabral (PCdoB), também deu início a sua fala direcionando a palavra aos moradores da rua “nós queremos aqui nos comprometer com vocês. Vocês estão cansados de só ouvir. Entra prefeito, sai prefeito, dizem que vai ser feito uma obra. Quando  ela se inicia, acontece todo esse caos”, lamentou Daniel.

Na mesma linha, o Vereador Edenilson Oliveira (PSD) abortou sobre a condição do local, afirmando que “a indignação dos moradores da Rua Marly Azevedo é nossa também. Infelizmente não temos o poder de execução. Se os vereadores pudessem executar, muitas coisas estariam sendo feitas”, ressaltou. 

Em contrapartida, o Vereador Gilberto Brandão (AVANTE) usou seu tempo regimental para enfatizar que a partir da participação de José Luiz na Tribuna Livre “o prefeito vai dar uma atenção pela palavra que você deu aqui, que nos comoveu, por esse transtorno que vem acontecendo há muito tempo”, comunicou o parlamentar. 

“O que eu tenho pra dizer é que a empresa vai retornar ao serviço, no entanto, eles deram início em um momento muito ruim. Acredito que vocês ainda vão sofrer muito ainda, porque as chuvas estão chegando. (...) Mas infelizmente, fiquei horrorizado com a situação da rua”, disse o Vereador João Januário (João de Josino) (Cidadania), líder do prefeito na Câmara.  Além disso, João disse aos moradores que ao visitar a Rua Marly Azevedo, se surpreendeu com a situação. 

Logo após, o Vereador Cristiano Gonçalves (Moto Link) (Solidariedade), questionou sobre “quando será finalizada essa novela? Desde o início do meu mandato eu vejo os moradores da Marly Azevedo sofrendo. É uma situação muito grave, estou muito preocupado”, disse o parlamentar. 

Ainda dentro do tema, o Vereador Marcos Fialho (sem partido) alegou que “imaginava que o representante do Executivo fosse ter um posicionamento diferente, chegar e dar esperança, e não dar mais uma agonia, um aperto no peito de vocês moradores”. Em seguida, o vereador direcionou a palavra ao participante da Tribuna Livre “na noite que estive presente lá, dia 14 de abril, estive com José Luiz, em frente a casa dele. Uma pequena chuva naquela noite já deixou um transtorno muito grande. (...) Eu tenho amigos na rua, com parentes idosas. Quando chove, o desespero que ela passa, porque ela sabe que o pai ou a mãe não poderão sair de casa”, finalizou Marcos. 

‘’Lembro que no início do ano passado, o Marcão pegou essa causa, ele vem lutando há muito tempo e me chamou para verificar essa obra. Fomos no CIMVALPI (Consórcio Intermunicipal Multissetorial do Vale do Piranga) em Ponte Nova em 2022, retornamos este ano e foi prometido que começaria a obra na parte de cima da Marly Azevedo’’, contextualizou o Vereador Sérgio Marota (PL). Ainda em sua fala, o parlamentar afirmou discordar do Vereador João Januário quando ele disse que os moradores terão de esperar um pouco mais ‘’eles não aguentam mais João, é trágica a situação. Acho que tem que fazer um mutirão de urgência e emergência porque está sendo retirado o preceito básico de ir e vir’’, reforçou. Ademais, finalizando sua fala, Sérgio sugeriu que seja realizada uma reunião com o Secretário Municipal de Obras, André Luís ‘’para trazer uma luz aos moradores’’, concluiu. 

 

*texto dos estagiários Oscar Berg e Ana Clara Marques sob a supervisão de Mônica Bernardi