Situação de Emergência em relação a Dengue entra na pauta dos Vereadores

por adm publicado 20/03/2024 14h15, última modificação 20/03/2024 16h00

Mais uma vez a situação crítica enfrentada pelos cidadãos do Município em relação a dengue, voltou a entrar na pauta de discussão dos vereadores durante a reunião Ordinária da terça-feira (19). Após utilizar da tribuna, na semana anterior, para rebater comentários feitos pelo Secretário Municipal de Saúde, Rainério Fontes, o Vereador Daniel Cabral (PCdoB), vice-presidente da Casa, voltou a trazer foco ao tema. “Na semana passada pessoal, o Secretário de Saúde mandou uma nota aqui para a Câmara Municipal me chamando de mentiroso em relação aos dados de como estava sendo divulgado a questão da dengue aqui no município de Viçosa, ele tinha se esquecido que a gente faz o dever de casa e visitou o Setor de Epidemiologia de Viçosa, as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), e um dia depois o Folha da Mata (jornal impresso) trouxe uma matéria confirmando o que a gente tinha falado sobre a subnotificação de casos de dengue. Curiosamente, na sexta-feira (15) o mesmo (o secretário) ampliou o horário de várias Unidades Básicas de Saúde e Viçosa entrou em estado de calamidade pública por causa da dengue (...) esperaram mais uma vez o pior acontecer, porque quando se chega nesse ponto, estado de calamidade, significa agora que os casos estão fora de controle, e nós não temos conhecimento total dos dados, e pior o Município não vem trabalhando em relação a prevenção”.

Em contexto, o Setor de Vigilância Epidemiológica, da Secretaria Municipal de Saúde, levantou que, nas últimas 04 semanas, foram registradas 340 notificações de dengue em Viçosa. Além disso, 11 casos de Chikungunya e nenhum de Zika, a Vigilância Epidemiológica ressalta que os casos são considerados agravos de notificação compulsória e imediata em até 24 horas, visto que o Município se encontra agora em alto risco, conforme o último Levantamento de Índice Rápido para o Aedes Aegypti. 

O Vereador Edenilson Oliveira (PSD), também utilizou de seu tempo regimental para trazer um alerta sobre a situação enfrentada “o surto de dengue está muito grande na nossa cidade, a COVID ainda não acabou, a situação está calamitosa, e nós precisamos unir junto com a população fazendo sua parte no que diz respeito a dengue, nós também não podemos culpar apenas o Poder Executivo, que não está de fato fazendo sua parte, mas a população, nós, enquanto população, também devemos fazer nossa parte. Então fica ai o alerta para toda a população de Viçosa, que cada um possa olhar seu quintal, a sua casa, a frente da sua rua para que a gente não acumule água parada e não prolifere mais essa situação calamitosa”, alertou o parlamentar. 

Ainda sobre a dengue, o Vereador Gilberto Brandão (AVANTE), teve aprovada a Indicação n° 238/2024, pedindo para que o SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto), providencie caminhões com fumacê e realize a recolha de sucatas, móveis velhos que possam ajudar na proliferação do mosquito Aedes Aegypti. A Vereadora Jamille Gomes (PT), também aprovou o Requerimento n° 239/2024 que solicita por respostas a diversas questões sobre a dengue no Município. 

Hospitais

Na Ordinária, o Vereador Marco Cardoso (Marcão Paraíso) (PSDB), voltou a utilizar do espaço da tribuna, para trazer a crítica questão enfrentada pelos hospitais do Município “está faltando remédio nos hospitais, remédios simples, está faltando funcionário, não tem insulina, às vezes não tem, dipirona (...) Tem que ter intervenção judicial, já passou da hora, estou tendo denúncia aqui agora de vários idosos no hospital desde de manhã sem atendimento (...) espero sinceramente que o Poder Judiciário se pronuncie, é uma vergonha a saúde no nosso Município. Agora vai jogar a culpa na dengue? A dengue é lógico que vai aumentar o número de pessoas nos hospitais, mas eles não estão ruins de agora não”, disse.

O Vereador Sérgio Marota (PL), presidente da Comissão de Saúde da Casa, complementou a fala do Vereador Marcão demonstrando sua indignação com a situação enfrentada pelo Hospital São Sebastião (HSS). “Neste domingo, foi internada uma pessoa de urgência e emergência e ele só foi tomar o medicamento na segunda de manhã porque não tinha agulha, o parente me relatou o seguinte, porque o hospital não passa isso para os familiares para eles poderem então aplicar o medicamento na pessoa (...) não está tendo jeito, faltou agulha, 12 horas que um paciente ficou sem tomar medicação. É muito grave, uma coisa muito triste”, declarou o parlamentar indignado.


*texto da estagiária Alice Sarmento sob a supervisão de Mônica Bernardi