Maternidade do HSS pode ter suas atividades suspensas e Vereadora alerta para situação crítica
“A maternidade do Hospital São Sebastião (HSS) está sucateada, está esquecida, está sem estrutura, com profissionais sobrecarregados e sem receber seus salários”, afirmou a Vereadora Jamille Gomes (PT) durante a reunião Ordinária da segunda-feira (20). A parlamentar, que já comentou sobre o assunto em outras Ordinárias, fez uso da Palavra Livre para chamar a atenção para a situação da maternidade do HSS e fazer um apelo por melhorias no atendimento das mães e dos bebês. Na tarde da terça-feira (21), uma Nota divulgada pela Equipe de Plantonistas da Maternidade do Hospital São Sebastião afirma que suspenderá as atividades caso não sejam feitas as adequações necessárias.
No documento, a equipe afirma que a maternidade não possui equipamentos básicos, tais como um monitor multiparamétrico de adulto, necessário para viabilizar as analgesias de parto. Além disso, eles contam que a maternidade do HSS conta com apenas um plantonista a cada 12 horas para atender gestantes de aproximadamente nove municípios da microrregião, o que, considerando a realidade dos procedimentos cirúrgicos, deixa áreas críticas desassistidas por longos períodos. Além disso, a equipe de plantonistas salienta que “é inviável prestar assistência ao binômio materno fetal sem o mínimo de monitorização necessária e sem a garantia de remuneração pelos serviços prestados”. Dessa forma, o time de plantonistas decidiu suspender, por tempo indeterminado, as atividades da maternidade a partir do dia 25 de maio de 2024, caso todas as adequações não sejam realizadas em um período máximo de até 30 dias.
A Vereadora Jamille comentou, ainda nas reuniões, que está fazendo um movimento de pedir às prefeituras da região, que são consorciadas com o Consórcio Intermunicipal de Saúde da Microrregião de Viçosa (CISMIV), para que estas apoiem a maternidade do HSS. “A gente tem ido nas prefeituras consorciadas com o CISMIV para poder colocar isso na pauta e fazer um pedido de socorro, um apelo nesse sentido para que os bebês e as mães de Viçosa tenham o acolhimento devido”. Jamille disse que também pediu apoio ao Pró-Reitor de Assuntos Comunitários da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Bruno David Henriques, e ao Reitor da UFV, Demetrius David da Silva.
Ainda durante a Ordinária (20), a parlamentar contou que se reuniu com o Secretário Municipal de Saúde, Rainério Rodrigues Fontes, em que este mencionou o desejo de que seja aprovado um projeto de Lei que cria cargos para a construção de um Centro de Saúde 24h. Em meio a isto, por intermédio da Indicação nº 513/2024, Jamille solicita informações sobre quais as cobranças efetivas que o secretário e o prefeito têm feito aos hospitais para que estes cumpram com as metas que devem ser seguidas. “Se a gente não cobrar que eles construam, que eles façam o trabalho deles, (...) construir outro serviço é só sobrecarregar mais profissionais e mais a cidade. (...) Eu envio aqui um pedido de informação para saber quais são as intenções de fato, inclusive de onde vai vir o dinheiro para pagar o funcionamento desse Centro de Saúde 24 horas”, encerrou Jamille.
*texto da estagiária Maria Elisa Penna sob a supervisão de Mônica Bernardi