Situação crítica da Avenida São João Batista ganha destaque em Ordinária

por adm publicado 04/06/2024 16h05, última modificação 04/06/2024 16h57

“São mais de 12 anos de espera, três gestões que já passaram e nada foi feito, três gestões em que já se prometeu e ninguém cumpriu”, contou Regiane Fonseca, fazendo uso da Tribuna Livre durante a reunião Ordinária da segunda-feira (03). Representando a Comissão de luta pelas Obras do Vale do Sol e Laranjal, Regiane utilizou do espaço destinado à participação popular para solicitar a reconstrução da Avenida São João Batista. 

Regiane destacou que o trecho foi destruído devido às chuvas em 2012, desde então, ela afirma que há um projeto pronto e aprovado pelo GEOPLAM (setor responsável pelo Geoprocessamento, Planejamento e Meio Ambiente do município de Viçosa), porém, até o momento, as reformas não foram feitas. “Até quando nós teremos que nos submeter a falta de vontade política que nos priva do nosso direito”, declarou. Em seguida, ela questionou o que pode ser feito dentro da Casa Legislativa para que o problema seja resolvido o quanto antes, o Presidente da Câmara,  Vereador Rafael Cassimiro (Filho do Zeca do Bar) (PL) respondeu dizendo que vê a maioria dos parlamentares fazendo a sua parte, e ressaltou que “quem vai executar essa obra precisa da autorização do Prefeito”. 

Marcos Fialho (PP) utilizou de seu tempo regimental para falar sobre o assunto e contou que esteve presente no local onde necessita de intervenção. O parlamentar também disse que disponibilizou uma emenda parlamentar para a realização das obras “coloquei a condição do bairro, da comunidade, em uma emenda parlamentar. Estou esperando até hoje aparecer a Comissão que se prontificou lá naquele dia para vir até a Câmara Municipal para a gente poder tratar desse assunto aqui”. Além disso, Marcos e os vereadores Marly Coelho (PRD), Rogério Fontes (Tistu) (PP), Edenilson Oliveira (PSD) e Jamille Gomes (PT) cobraram respostas e soluções do Poder Executivo.

Sérgio Marota (PP) também se solidarizou com a causa e afirmou que conversou com o prefeito, e que o mesmo disse que irá realizar a obra ainda neste ano. Já a Vereadora Vanja Honorina (UNIÃO), que já vem acompanhando a situação há algum tempo, disse que fizeram um ofício cobrando ações do Executivo e discordou do Vereador Sérgio “não tem nada disso, não deu resposta. (...) Estão enrolando, uma falta de respeito com aquelas pessoas que estão ali sofrendo”. 

Ainda em meio à Ordinária, o Vereador Bartomélio Martins (Professor Bartô) (PT) também cobrou ações do Executivo e declarou que os parlamentares estão fazendo o seus respectivos papéis. Bartô também mencionou a conclusão das obras na Avenida José Habib Nascif, conhecida como “Nova PH Rolfs”, e questionou a priorização de reformas nesse trecho em detrimento da Avenida São João Batista. Além disso, o vereador falou sobre a situação em que se encontra o trecho da José Habib, que de acordo com ele, não foi feito como deveria e agora necessita de reformas, dentro disso, Bartô, por intermédio da Indicação nº 570/2024, solicitou uma intervenção junto ao órgão competente quanto a situação desfavorável daquele local.

O Vereador Cristiano Gonçalves (Moto Link) (Solidariedade) contou que tem trabalhado em prol da reconstrução da avenida há muito tempo, e declarou que “a gente vai continuar lutando e não vamos desistir em hipótese nenhuma dessa obra”. Já Daniel Cabral (PCdoB) disse que acompanha o trecho desde 2021 e que observou uma piora muito grande na situação da avenida “a própria Prefeitura disse que aquela obra estava orçada em 200 mil, e agora foi para 800 mil reais. (...) Se a Prefeitura tivesse já executado essa obra, lá atrás, a gente não estaria com todo esse problema que nós encontramos agora, ou seja, uma obra que está aí em quase 3 milhões de reais para de fato sanar o problema”.

O Vereador Marco Cardoso (Marcão Paraíso) (PRD) sugeriu ao Presidente Rafael para que este solicite a presença do Prefeito Municipal e do Consórcio Intermunicipal Multissetorial do Vale do Piranga (CIMVALPI) a fim de que estes forneçam respostas em relação à Avenida São João Batista e outras ruas que necessitam de intervenções. Em consonância com a fala do colega Marcão, a Vereadora Vanja teve aprovada a Indicação 574/2024, que requer que o prefeito informe à Casa Legislativa, o quanto antes, até quando será iniciada a obra de reconstrução da avenida. Além disso, Vanja também solicitou, por intermédio da Indicação nº 573/2024, que o Prefeito Municipal informe quando será feito o depósito na conta vinculada ao CIMVALPI para o término de outra obra emergencial iniciada na Rua Marly Azevedo, que deveria ter sido feito no dia 27 de maio. 

Obras emergenciais

O Vereador Rogério também utilizou de seu tempo regimental para falar sobre as obras emergenciais no Município. Rogério, que teve um projeto de Lei aprovado recentemente que dispõe sobre a vedação de se iniciar novas obras públicas enquanto houver obras emergenciais não iniciadas ou interrompidas, declarou que a atual gestão não está dando prioridade para as obras emergenciais “por que que a obra do Laranjal, por que que a obra da Avenida São João Batista não é feita com a mesma prioridade do que a dos outros locais?”, questionou.

A Vereadora Jamille também cobrou que as obras sejam realizadas por ordem de prioridade, sem importar em qual região está sendo feita a manutenção “Onde está o planejamento urbano dessa cidade? (...) É isso que eu acho que a gente tem que ter em mente aqui. Construir um critério, um senso crítico para a mudança”. Já o Vereador Marcão concordou com os demais, e disse que “é uma situação lamentável”. 

Em consonância com o assunto, diversos outros parlamentares apresentaram Indicações para que sejam realizadas obras de extrema urgência no Município, o mais rápido possível, como o Vereador Cristiano, que, por intermédio da Indicação nº 560/2024, solicitou a manutenção do calçamento na Rua Bárbara Simonini, onde moradores sofreram acidentes devido a qualidade do asfalto colocado, e o Vereador Daniel que, a partir da Indicação nº 556, pediu que sejam feitas obras na Rua Primeiro de Maio. 

*texto das estagiárias Alice Sarmento e Maria Elisa Penna sob a supervisão de Mônica Bernardi