Moradores do Silvestre manifestam insatisfação com instalação de antena telefônica

por adm publicado 21/11/2024 09h05, última modificação 21/11/2024 09h05

“Não vamos aceitar essa antena na parte alta do Silvestre e da maneira como está sendo feita. Conto com a sensibilidade e com o compromisso desta Casa para garantir a segurança e a qualidade de vida de todos os moradores”, contou o Vereador Eleito Raphael Gustavo dos Santos (PSD) durante a Tribuna Livre da reunião Ordinária desta segunda-feira (18 de novembro). Raphael fez uso da palavra para manifestar a sua preocupação com a instalação de uma antena de telefonia nas proximidades de residências do bairro Silvestre, o que, de acordo com uma pesquisa citada por Raphael, de autoria da engenheira Adilza Condessa Dode, pode ser responsável pelo aumento no número de casos de câncer dentre a população. Outros moradores do Silvestre também estiveram presentes na Ordinária e manifestaram a sua insatisfação.

“Pesquisas indicam que a radiação emitida por essas antenas pode afetar, gravemente, a saúde humana, sendo especialmente perigosa para crianças e pessoas em tratamento médico”, alertou Raphael. O Vereador Eleito ainda contou que, 20 anos atrás, o mesmo ocorreu, e afirmou que, naquela época, foi feita uma Lei que assegurava que, para construir antenas perto de residências, deveria haver uma distância mínima de 200 metros. Apesar disso, Raphael contou que esta Lei foi alterada em 2018 e que, desde então, “estamos desamparados por Lei”. O morador do Silvestre também solicitou aos parlamentares e à Prefeitura de Viçosa “que tomem devidas providências para impedir a instalação desta antena próxima a áreas residenciais. Além disso, Raphael destacou que ele e os demais moradores da região não são contra a instalação da antena, e sim, que ela seja colocada próximo à residências. 

O Vereador Edenilson Oliveira (PSD) afirmou que, em 2018, participou de reuniões na Universidade Federal de Viçosa (UFV), na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), e contou que, “chegou-se a conclusão, naquele momento, que um rádio ligado dentro da nossa casa emite mais radiação do que uma antena de telefonia. Mas isso não significa que a população tem que aceitar uma antena encostada na sua parede. Estou aqui dizendo que precisa ter um debate. (...) Nós precisamos ter cuidado”. 

A Vereadora Jamille Gomes (PT) parabenizou Raphael pela iniciativa e declarou que “vocês podem contar comigo nessa escuta, nessa mobilização. Eu sei que vai ter uma Audiência Pública aqui com essa empresa para ouvir, debater esses danos. Então, contem comigo para estar presente aqui nesta Audiência, para estar reivindicando o que a comunidade realmente quer”. O parlamentar Marco Cardoso (Marcão Paraíso) (PRD) também enfatizou a necessidade de um debate e afirmou que, durante uma Audiência Pública que discutiu o assunto, “foram mostrados estudos que falam que muitos eletrônicos que a gente usa em casa têm mais radiação do que a antena de telefone”. Marcão também colocou o seu mandato à disposição para auxiliar os moradores da região do Silvestre. 

Já a Vereadora Marly Coelho (PRD) declarou que “acho muito importante o debate, porque as pessoas que moram ao redor também não podem ser prejudicadas. (...) Não só por questões de radiação, mas também por questões de barulho, questões de aspecto visual, de desvalorização do imóvel. Muita coisa precisa ser discutida”. 

*texto da estagiária Maria Elisa Penna sob a supervisão de Mônica Bernardi